Os políticos e suas campanhas, a cada pleito, vão se modernizando e se profissionalizando. O marketing eleitoral e político, assim como assessorias de comunicação são algumas das ferramentas já utilizadas por eles. Os resultados são claros, principalmente em eleições majoritárias (presidente, governador e prefeito). O caso mais famoso e próximo a nós é do próprio ex-presidente Lula e a equipe de estrategistas do publicitário Duda Mendonça. O presidente estadunidense, Barak Obama, também se utilizou de aparatos de marketing. Isso, porém, nos Estados Unidos, vem de há muito tempo. O que interessa, no entanto é que o eleitor pode ser seduzido por uma campanha plasticamente bem produzida (imagens na TV, jingles, cartazes etc) se levar em conta apenas a campanha eleitoral. A cultura de votar em alguém e não mais acompanhar a produção e os trabalhos do político durante o mandato deve ser mudada.
As informações nunca estiveram tão acessíveis como nos dias de hoje. Jornais, revistas, rádios, telejornais, internet; os meios são muitos. Só na rede mundial de computadores o eleitor pode checar o blog do candidato, o seu site, o site do partido, os fóruns de debates, enfim, há muitas informações e elas estão ao alcance de um número cada vez maior de brasileiros. Mas, deve haver a procura, a crença e o desenvolvimento da cultura pelo voto consciente, resultando assim, em melhores serviços públicos, leis mais democráticas e o uso do dinheiro com honestidade, entre tantas outras ações. A regra então é informação contra corrupção, corruptos e corruptores.
Fechando todo esse raciocínio interligado está o caso da Lei da Ficha Limpa. Foram mais de 1,6 milhão de assinaturas para que fosse criado e aprovado o projeto pela Câmara Federal e Senado. Portanto, uma pressão de baixo para cima. Mais um ponto a ser destacado quanto ao processo de amadurecimento e qualificação da política feita pelos próprios políticos, ou seja, uma forma de punição para a classe aprovada pela própria classe. É um avanço para a sociedade e para a política brasileiras.
Sempre nos espelhamos em democracias como a dos Estados Unidos ou de países europeus. Isso é bom. Mas é preciso lembrar que esses povos há gerações se deparam com eleições diretas, imprensa livre e acesso à educação de qualidade. Isso tudo é que compõe o que eles são: democracias fortes. Mas a coisa não foi fácil e eles tiveram que lutar muito por isso. Erraram, guerrearam e fizeram revoluções. Esse tempo já passou. A nossa democracia também vai chegar lá. É inevitável. Basta apenas treinar o nosso voto, treinar e depois treinar novamente.