A melhora da economia está acenando, mas o desemprego continua. POR HAROLDO ARAÚJO

O Brasil tem uma história de lutas e o povo nunca se acomodou em sua busca da legítima emancipação econômica, tão sonhada por grandes líderes. Nos respaldamos nas instituições democráticas para promover as mudanças que se fizeram necessárias, sempre amparadas na Lei e na ordem. Não compactuamos com o populismo, a demagogia ou oportunismo político. elegemos um governo que se propõe a promover as mudanças na economia e na política.

Diferentemente das demais nações sul-americanas, o Brasil soube se referenciar em lideranças como Celso Furtado (1920-2004), um economista da CEPAL que tinha o sonho de promover o desenvolvimento econômico brasileiro. Criando mecanismos que corrigiam as diferenças regionais, pode, também, interiorizar o desenvolvimento e com isso pode diversificar as possibilidades de criação de novas oportunidades em regiões desfavorecidas pelo clima.

AS preocupações se estenderam às desigualdades sociais e os governos vêm aperfeiçoando mecanismos de proteção social. Em cada governo e conforme a sociedade evoluía, novas modalidades eram introduzidas e colocadas no Orçamento Público. Assim é que muitas crises econômicas são enfrentadas sem radicalismos. Chamamos à essa precaução de políticas preventivas de amparo à sociedade.

Consideramos o índice de 12% no desemprego como preocupante e o seguro desemprego tem sido capaz de oferecer um colchão de 6 meses. Aos mais pobres uma pequena bolsa em caráter assistencial, mas permanente. Sabemos que esses programas estão fora do alcance dos contingenciamentos e programas de redução de gastos. Vivenciamos diversas crises e a experiência em cada enfrentamento nos ensinou a lidar com o problema de forma racional.

Com relação às nossas potencialidades, o que se busca discutir, agora, é com relação ao futuro de nossas finanças. Sabemos que a confiança vem da situação fiscal e assim é que estamos lidando com o atual déficit de mais de R$ 150 bilhões no Orçamento. Não se sabe o que virá depois, como uma bola de neve nos próximos anos. Precisamos de credibilidade na gestão pública, e, a economia de aumento da previsibilidade a ser oferecida pelas reformas do governo.

Ninguém conseguirá solucionar um problema senão começar por admitir a sua existência. E esse passo vem sendo dado pela sociedade que já admite a necessidade de realizar correções. Esse é o primeiro passo no caminho da estabilidade. Faz tempo que fazemos como a avestruz na tempestade. Esse tem sido o desafio maior! Qual desafio? Equacionar o problema que não tem outro caminho senão o da contenção das despesas.

Ao contrário da política desenvolvimentista que, certamente, ampliava apoios ás políticas públicas, a de redução do tamanho do governo e a redução de despesas, encontrará resistências na sociedade.  É preciso que todos entendam que durante os dois anos do governo de Michel Temer, conseguimos sair da recessão, apenas acenando com as possibilidades de reformas, como se concretizaram a trabalhista e as de contenção de gastos públicos.

Vale lembrar que a simples mudança de rumos na política de contratação de trabalho, trouxe para os novos negócios, não só aumento de emprego e impostos para aumento da arrecadação, porque surgiram mais investimentos em face da confiança que o clima de otimismo promoveu. Melhores perspectivas, melhores cenários e mais oportunidades de trabalho e com desdobramentos favoráveis ao aumento do consumo das famílias e à saída da recessão.

O desafio continua! precisamos acenar para a sociedade nossa preocupação em sanear as nossas finanças e, por via de consequência, a redução da taxa de desemprego, ainda alta.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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