A HISTÓRIA BREVE PORÉM ROBUSTA NOS PRIMEIROS SETENT’ANOS DA UFC

A constituição de um grupo com professores-fundadores, ex-reitores, historiadores e contemporâneos do eventos seria um bom começo. 

Uma pesquisa cuidadosa de registros históricos e administrativos, realizada por pesquisadores e técnicos administrativos.

Recolhimento em fontes acreditadas de documentos administrativos fundadores.

Escrevi três ou quatro livros, nestes derradeiros 10 anos, que ninguém leu nem comentou… Publiquei-os às próprias expensas para desobrigar-me de mendigar pelos “coletivos”, múltiplos e  contraditórios em várias reitorias aparentemente desinteressadas.

Alguns artigos, publicados em periódicos pouco conhecidos, pecam pelo excesso de ativismo histórico, má  construção narrativa e pelas  omissões  indesculpáveis para quem quer realizar exercícios de memória histórica. E pretendem merecer citação como referência de boa  procedência historiográfica.

Ou os dirigentes da universidade deixam o campo livre  para quem  pretender escrever sobre estes anos heróicos ou abstêm-se da “construção” de uma versão particular financiada por recursos públicos ou “para-públicos”, realizada por biógrafos profissionais remunerados, segundo tabela corrente de honorários seguida para estas tarefas.

Não vale o recolhimento  de uma história de amplo interesse público em um prato com ralas guarnições. 

A construção deste relato de fatos e circunstâncias extraordinários não pode confundir-se com um “relatório” administrativo, de fatos triviais, trazidos, destes que se tornaram peças cultivadas em registros que possam ser contestados após a sua divulgação.

Paulo Elpídio de Menezes Neto

Cientista político, exerceu o magistério na Universidade Federal do Ceará e participou da fundação da Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia, em 1968, sendo o seu primeiro diretor. Foi pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação e reitor da UFC, no período de 1979/83. Exerceu os cargos de secretário da Educação Superior do Ministério da Educação, secretário da Educação do Estado do Ceará, secretário Nacional de Educação Básica e diretor do FNDE, do Ministério da Educação. Foi, por duas vezes, professor visitante da Universidade de Colônia, na Alemanha. É membro da Academia Brasileira de Educação. Tem vários livros publicados.