A convicção pessoal do governante brasileiro. POR HAROLDO ARAÚJO

É preciso que um governante tenha convicção, um caráter forte e muita personalidade para encarar os ataques que a imprensa desfere contra suas propostas de mudanças. O Brasil amarga déficits bilionários e isso ninguém contesta. Atacar políticas que fogem às expectativas e cenários montados na economia brasileira, até que seria aceitável. A explicação para esse tipo de atitude contestatória, por parte da imprensa, pode residir na reação às mudanças.

A forma com que Donald Trump, por exemplo, governa os Estados Unidos da América, tem criado contestações da imprensa. Esquecem os críticos que o muro entre os EUA e o México, também por exemplo, foi tema de debates eleitorais. Depois de eleito, não recuou: Ele já constrói o muro. Estelionato eleitoral não houve. Contestação da mídia é a mesma. Não acredito que busque popularidade com essa escolha, mas ao contrário abre espaço para mais críticas.

O mundo estava acostumado a se referenciar em manchetes dos grandes periódicos para julgar governos e governantes. Assim foi que muitos bem-intencionados já foram apeados do poder. Talvez tenha sido essa postura contestatória, um alerta aos crédulos leitores das manchetes e não da apreciação mais minuciosa e capaz de permitir a todos o poder da crítica e até uma aproximação da verdade, certamente, “No Fundo De Um Poço”. Provérbio português.

Não seremos nós que criaremos uma tese capaz de por na berlinda o maior trunfo de uma democracia que é, sem qualquer sobra de dúvida, uma imprensa livre. Por falta de imprensa livre, governos desmoronam de forma trágica. Por falta de um congresso capaz de representar os anseios e interesses de uma nação soberana, parlamentares perdem o respeito do povo que representa. Portanto! “Viva a imprensa livre”. Livre pensar é só pensar. Amamos a democracia.

Insisto na tese de que nosso parlamento deva levar em conta que, grandes aliados, agora, cuidam do seu quintal. É preciso que todos os congressistas, urgentemente, entendam que quem vai nos socorrer financeiramente é a mudança da forma de gestão orçamentária. Se não entenderem o que se passa, correm sério risco de perder o respeito da sociedade, se não cuidarem dos seus representados. O momento que vivemos é de busca da soberania.

Queremos trabalhar? sim! Mas queremos, também, ao fim da vida, ter direito ao gozo da aposentadoria. O governante brasileiro sofre sérios ataques e vem sendo chamado de Donald Trump brasileiro. Tentar garantir um mínimo para a uma sobrevivência digna, quando não mais se tem força para trabalhar e ganhar o próprio sustento, não é atitude comparável à que vem sendo posta em prática pelo governante americano. Parecido sim, porque não deu estelionato.

Um estadista não pensa em sua confortável continuidade no poder e nisso se assemelha ao governante americano, que foi eleito com suas convicções polêmicas de construir muros, mas   democraticamente tocou no coração do povo, assim o fez através da democracia. Bolsonaro, tocou o coração do povo ao falar de nossos anseios pessoais e democráticos, falou da luta pela soberania ao buscar a grande arma da atualidade que é o enfrentamento dos déficits públicos.

Nenhuma nação será soberana com um pires na mão. Para nações em crise edificam-se “Muros”. Evidente que os rumos de uma gestão podem estar se sobrepondo aos interesses de muitos. Uma cadeia de interesses pessoais não deve se colocar acima dos interesses da maioria que deseja dignidade. Ao que se sabe, não basta a força das armas, quando não há a força do equilíbrio fiscal. Os políticos terão uma chance de recuperar o respeito perdido pelo povo.

Bolsonaro não é construtor de muros, mas de pontes que dão acesso aos mais pobres de uma aposentadoria digna, na pátria amada, dignidade e soberania pelo saneamento das finanças.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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