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UM CARROCEIRO SEM BURRO

O que penso, como carroceiro, é que os caminhos ocidentais são fortemente embarreirados pelos vampiros europeus e estadunidenses. Os caminhos orientais são distantes e exigem proteção para alcançá-los. E proteção significa que temos armadilhas, lobos e tentações a serem vencidas.

O Oriente levou milênios para disputar o mundo já desgastado pelos ocidentais. Enquanto fortaleciam a sua própria identidade, iam aparando diferenças e expurgando as ameaças. Quando sentiram a necessidade de sobreviver para não perderem a sua maior conquista, a identidade, se aventuraram a participar, em mínima escala, da lógica ocidental, para testarem sua força interior. Aprenderam que os lobos são hienas e que é preciso mais leões para devorar as hienas.

Do alto da minha carroça, vejo hienas a rasgarem nossas poucas sobras do que somos como humanidade. Vou no caminho de incorporar o espírito da onça pintada, verdadeiro e pujante ser da minha natureza selvagem.

Que me aguardem hienas e leões. Em terra de jacaré dominado pela mandíbula mais poderosa dos felinos, hão de ver triunfar minha força e minhas garras tupiniquins.

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