A especulação alimentada pelo veneno da jararaca, por Jana

Bateram forte, mas não mataram a jararaca. Foi como o próprio condenado pela Justiça definiu sua situação. E, como a jararaca não morreu, ela continua espalhando seu veneno por todos os campos da política e da economia. A cobra deu um nó no processo eleitoral, forçando a criação de uma espécie de realidade virtual, literalmente paralela. A serpente é dona de uma candidatura falsa, insustentável e impossível, já que todo mundo sabe o que os juízes decidirão, são favas já contadas. Submete seu próprio partido e constrange todos os seus aliados. Obriga a que se façam duas pesquisas, uma “com”, outra “sem” ele, o condenado, o ficha suja.

Mas, principalmente submete o mercado a um desnecessário, inútil e estressante suspense, com prejuízos evidentes a todos os brasileiros, sejam empresários ou trabalhadores, perturbando a recuperação econômica que já se desenhava na linha do horizonte. E, depois, quando alguém diz que a culpa é dele, o condenado se faz de vítima. E ainda tem o desplante de se declarar inocente, mesmo diante de todos os fatos contundentes e argumentos irrefutáveis já divulgados e repetidos pela imprensa à exaustão.

As oscilações da bolsa estão aí, a mostrar o efeito negativo que a simples menção de seu nome provoca nos investidores e nos intermediários financeiros, que não ignoram nem esquecem os males causados ao Brasil pelo seu partido em três mandatos seguidos. Ao invés de uma bolsa saudável, que contribua para a capitalização das empresas, através do financiamento via mercado de novos negócios e a expansão dos antigos, a bolsa, do jeito que está, não cumpre seu papel e só espanta o investimento de médio e longo prazo.

A montanha russa da taxa do câmbio é ainda mais esclarecedora de todos os medos e sustos por que passa o mercado quando ele aparece e cresce na pesquisa da intenção de voto dos menos instruídos dos rincões atrasados do país. Com isso, ele obriga o Banco Central a sair do seu conforto e a oferecer proteção a exportadores e importadores, com expressivos e inevitáveis custos fiscais para o Tesouro e com perdas expressivas do índice de crescimento do PIB em lenta recuperação. A taxa de câmbio é a ponte do país com o mercado financeiro mundial. Essa ponte até pode oscilar, mas não pode ficar balançando e ameaçando explodir.

É preciso por um ponto final nessa novela sem graça e sem futuro e deixar o Brasil seguir seu rumo. Que o mercado mostre a sua força e possa voltar a oferecer tranquilidade e prosperidade a todos os brasileiros e brasileiras.

Basta!

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