COMPETENCIA POLÍTICA VERSUS PASSIVIDADE

O cientista político Luis Felipe Miguel em seu livro o Lapso da Democracia no Brasil afirma que “o voto exige uma competência política que está na contramão da passividade a que a representação condena os eleitores comuns”. O que fazer para sair desse lugar comum em que os eleitores são colocados? A contra informação não chega de forma igual embora, muitas vezes esteja posta à mesa dos indivíduos, por que os interesses são diversos também. Lemos, na maioria das vezes, o que nos chega mais facilmente e aí somos condenados à passividade política de que fala o cientista político. 

A competência política exige informações diversas vindas de meios diversos e a capacidade de ler e interpretar exige um exercício diário, doses de desconfianças e possibilidade de conectar conhecimentos. Poderíamos propor uma série de artigos que indicassem leituras e suscitassem discussões e reflexões, mas haveria interesse dos leitores nesse bate bola sobre política e políticos? Aonde e como buscar informações? Como entender estratégias e quais as costuras que já se anunciam para o próximo pleito? Em quem votei nas eleições passadas? O que a pessoa eleita entende por representação e qual o vínculo dela com seu eleitorado?  

Um bom começo seria entender as regras para as próximas eleições, o site do Tribunal Superior Eleitoral traz todas as normas aprovadas, conforme comentei no último post. O que diz o calendário eleitoral e as pesquisas que já podem ser feitas? Qual o perigo das pesquisas e da propaganda antecipada? Como saber sobre os partidos políticos, onde encontrar o seu estatuto e o programa? Quais as propostas do partido político? 

Outra atitude significativa de competência política seria acompanhar as ações administrativas. Os atores políticos do momento são prefeitos e vereadores. Nos municípios menores o acompanhamento da administração é mais fácil. Portais de transparência são instrumentos que auxiliam nessa caminhada. A conversa de calçada pode ter seu nível elevado desprezando a fofoca política e cada indivíduo pode ser um multiplicador do fazer política. É absurda essa conversa?

 

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