Se um alienígena fosse enviado ao nosso Planeta para um relatório sobre como viviam os seus habitantes, certamente diria que entre os seres vivos, divididos em grandes variedades de vegetais e mamíferos aquáticos e terrestres, que há uma espécie do grupo denominado de hominídeos que apesar de se arvorar como racional, paradoxalmente, age irracionalmente, sendo muito perigoso pela sua capacidade criativa intelectual e habilidade manual altamente belicosa e destrutiva do próprio habitat e de todas as espécies de vida, inclusive da própria.
Certamente que faria uma ressalva na qual afirmaria que se superassem o estágio evolutivo da sua racionalidade, ainda em transição de uma primeira natureza primitiva para uma segunda natureza cognitiva cerebral, e não sucumbisse como espécie, e nem tornasse seu próprio planeta inabitável, poderia atingir um grau superior civilizatório, mas faria uma observação entre parênteses (hipótese pouco provável…).
No corpo do relatório afirmaria que os seres irracionais, compostos por animais de vida selvagem, em geral, protegiam os demais de sua própria espécie, enquanto os considerados racionais promoviam matanças genocidas de seus iguais, sob o argumento absurdo de que tais ações se referiam à defesa das suas próprias vidas (por favor não riam, porque é assim que eles justificam tal comportamento denominado de guerras).
Diria que eles adoram a guerra, e até formavam segmentos militares adestrados com armas cada vez mais letais para manter o status quo interno e defender o que chamam de pátria, e que: “para manter a paz é preciso se preparar para a guerra”. É mole???
Mas o comportamento suicida não para por aí, afirmava o escriba alienígena. Além das guerras, eles poluem os mananciais de águas potáveis da qual necessitam para viver, bem como os mares, o solo e o ar.
Mas o principal problema da atualidade é a emissão de volume excessivo de gás carbônico (CO²) na atmosfera que provoca o efeito estufa, fenômeno que consiste no represamento desses gases sem que se dissipem no universo retendo o calor dos raios solares que dão vida terrena a essa espécie de hominídeos, mas que, paradoxalmente, aquecem a temperatura terrestre colocando em risco a própria vida animal e vegetal.
Os países que mais emitem gás carbônico na atmosfera são os mais ricos, e cobram dos mais pobres as preservações de suas florestas como fator de equilíbrio de tais emissões poluentes; mas, seguindo-se a receita suicida irracional em prática, o aquecimento do Planeta provoca grandes incêndios naturais ou criminosos praticados por quem tem interesses próprios a uma relação social de produção irracional e concentradora de poder nas mãos desses produtores incendiários e poluentes.
A maior floresta tropical do Planeta, denominada Amazônia, que abrange diversos países e se alastra até uma região pantaneira, numa área de mais de 6 milhões de km², e tida como pulmão planetário, agora arde em chamas e produz o efeito contrário: de pulmão do mundo passa a ser campeã de emissão de gás carbônico, numa comprovação da irracionalidade suicida que venho relatando.
Paradoxalmente, inventaram as vacinas, que previnem esses tipos de doenças, mas há políticos (governantes que se dizem demagogicamente homens públicos dedicados à causa pública) que as negam como instrumento profilático.
A esses bens de consumo e serviços, num artificialismo escravista da maioria dos hominídeos, denomina-se “mercadoria”, mecanismo que é capaz de escravizar os que a produzem com seus esforços em benefício dos que delas se apropriam (nesse universo tudo é dinheiro, representação da abstração denominada valor, de que falamos, uma invenção capiciosa de escravização e apropriação indébita da riqueza socialmente produzida), e o mais grave é que os escravizados agradecem aos escravizadores a oportunidade de serem escravizados.
Os escravizados, pasmem, costumam, inclusive, pedir, juntamente com seus sindicatos (uma espécie de corporação dos escravizados), mais empregos, ou seja, mais oportunidades de escravização, e têm até representantes políticos e partidos que vivem de tal representação, como se fizessem uma advocacia administrativa dos primeiros, sem jamais questionarem a natureza da escravização, numa certificação flagrante de irracionalidade generalizada que graça entre tais hominídeos.
Também fazem leis elaboradas pelos representantes dos escravizadores, e têm juízes que as aplicam coercitivamente, e por força militar, quando se faz preciso.