O vereador Toinho Vespoli (PSOL) critica o Governo do Estado de São Paulo e a Justiça por não dialogar com os professores que se encontram em greve.
“O Sr. Governador Geraldo Alckmin derrubou a liminar que garantia aos grevistas da área da educação adentrar nas escolas no momento de intervalo para dialogar com os professores que estão lecionando. Nossas instituições e governos estão com grandes dificuldades em conviver com a democracia. Em um momento, no Paraná, massacram professores, como se professor não pudesse fazer nenhuma atividade, hoje, de reivindicação. Aqui no Governo do Estado de São Paulo os professores não podem entrar nas escolas para conversar com seus pares para obter o convencimento político. O entendimento do Governador e do juiz é que esses professores que estavam lecionando estavam sendo intimidados pelos grevistas”.
“Coloco meu repudio fortemente à decisão da Justiça e também a atitude tanto do Secretário Estadual de Educação como também do Governador. Imagino como um juiz toma determinada atitude. Gostaria de saber se o filho do juiz estivesse em uma sala de aula com 60 alunos, ou se ganhasse metade do que às vezes ganha um juiz com certos privilégios, como auxilio moradia, se realmente não entenderia o motivo dos professores quererem adentrar nas escolas para dialogar com os outros professores”.
“O que o Governador quer é parar com essa greve, mas, ao mesmo tempo, não oferta nenhuma condição para que consigamos ter uma aula de qualidade para os alunos, principalmente os mais carentes da sociedade, porque os mais ricos, esses conseguem estar em outra rede, na rede privada, e, com certeza, o nível da escola é outro”.
“O diálogo é sempre importante. É com o diálogo que resolvemos e conciliamos momentos conflitantes, e não com atitudes autoritárias, impositivas”.
Fonte: www.camara.sp.gov.br
Pronunciamento: 06 de maio de 2015