Vereador Gilson Reis (PC do B) acusa prefeitura de descaso no sistema de saúde

A reestruturação do setor de emergência do Hospital Odilon Behrens – HOB, a redução do número de leitos, sua integração com a Unidade de Pronto Atendimento – UPA e a disponibilidade de serviços e recursos na UPA formaram o tema do discurso do vereador Gilson Reis (PC do B) durante audiência pública realizada na Câmara Municipal.

Segundo Reis, a transferência de leitos para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) “teria sido tomada de forma unilateral, sem a devida transparência, consulta aos envolvidos ou diálogo com a comunidade. A equipe do HOB teme que a redução dos leitos de emergência, dos atuais 22 para apenas 7, comprometa a capacidade de atendimento de casos graves e de alta complexidade, que demandam leitos de retaguarda, centro cirúrgico e uma série de serviços e equipamentos não disponíveis nas UPAs”. O parlamentar propôs à Comissão de Saúde e Saneamento o encaminhamento de pedidos de informações sobre a transferência de leitos.

Convidados para esclarecer as dúvidas que persistem sobre o assunto, os secretários municipais de Governo e de Saúde e a gestora do Odilon Behrens não aparecerem nem enviaram representantes à audiência, reforçando as queixas de “descaso, falta de diálogo e autoritarismo” que, segundo o vereador, são uma característica da atual gestão.

Lamentando a morte da irmã, vítima de negligência no atendimento em um hospital da capital, Reis conclamou os presentes para engrossar o movimento nacional “Gente é Urgente”, que visa despertar a sociedade para os óbitos que poderiam ser evitados com a melhor estruturação dos serviços de urgência e do sistema de saúde como um todo.

O vereador mostrou-se indignado com a omissão da prefeitura e a ausência dos gestores municipais nas discussões propostas pelo Legislativo, o funcionalismo e a sociedade. Em seu discurso, Reis informou que “irá encaminhar pedidos de esclarecimentos ao superintendente do HOB, Paula Martins” e, caso não tenha resposta sobre os questionamentos, irá propor a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os fatos.

Com informações da Câmara Municipal de BH.

 

 

Franzé de Sousa

Repórter Fotográfico/Videomaker, colaborador do Segunda Opinião.

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Repórter Fotográfico/Videomaker, colaborador do Segunda Opinião.