Não há sombra de dúvida sobre a expectativa para 2019 e além. Para os derrotados nas eleições, resta torcer contra, pois é este o modo de pensar da esquerda panfletária: “se tudo der errado, nós estávamos certos e é isso que importa”. Mas, para o bem do país, trata-se de uma minoria – barulhenta e com muito poder influenciador (mídia e universidade, principalmente), mas uma minoria. Daí, neste contexto, “(re) pensar”, é o grande desafio para os próximos anos, da política à iniciativa de negócios, passando pelo mercado profissional, educação e cultura.
Para não cansar o leitor, vamos ficar com o mercado econômico e sua estrita relação com o dia a dia de todos. Para tanto, resolvi apresentar uma nova palavrinha que aprendi numa recente leitura sobre os aspectos de desenvolvimento dos mercados mundiais: reskilling. Traduzindo o resultado é “requalificação” ou, se preferir – eu prefiro – soa como inovação. Então, o brasileiro, agente transformador direto, deve viver seu reskilling quotidiano, sem pestanejar, caso queira acompanhar o que vem por aí.
A inovação é aquele óbvio que precisa ser dito a todo momento, até porque, na realidade das empresas deste nosso século, em sua busca frenética por se manterem vivas, parar para pensar o óbvio parece perda de tempo. Mas, isto deve ser mudado. Não deve haver espaço para um mindset antigo, para nos fixarmos numa das terminologias corporativas da moda. É preciso mudar estas sete realidades tão típicas dos brasileiros e de suas empresas, pequenas ou grandes, e seus gestores:
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Não querer investir e ter o retorno no mês seguinte;
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Achar que não precisa de dados e informações organizadas (conhecimento) e de profissionais que possam dar sentido ao uso destas realidades na empresa;
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Imaginar que o que vale na realidade é o diploma da graduação e do MBA em detrimento do conhecimento e network contido nas aulas, livros e academias;
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Fingir não ver a mudança de comportamento do consumidor diante de todas as possibilidades encontradas por ele na web;
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Acreditar que smartphone ainda é apenas uma forma complicada de chamar o velho celular, permanecendo o aparelho como equipamento para fazer e receber ligações;
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Não levar em consideração a relação marca-mobile-promoção de marketing;
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Ainda sentir-se confortável por ter a vida tutelada pelo estado em sua construção humana, profissional e cidadã.
É preciso mudar a forma de pensar nossos negócios, nossas carreiras e nossa relação com o mercado e com as instituições que ajudam a formar a sociedade. Só assim é que se muda o Brasil.