UMA SOLUÇÃO PARA DESAFOGAR O JUDICIÁRIO, por Luis Eduardo Barros

As mídias sociais diariamente nos inundam com notícias de todo o tipo. Grande parte delas falsas como uma cédula de 3 reais. Mas, fui surpreendido por uma nota publicada em jornal carioca em maio deste ano, que acredito possa ser uma solução para desafogar o judiciário brasileiro.

Transcrevo a seguir a nota o mais literalmente possível:

“Nos Estados Unidos advogado nenhum trabalha para criminoso que não consiga explicar a origem lícita do dinheiro com que vai pagar seus honorários. Advogado que aceita receber o pagamento com recursos obtidos ilegalmente torna-se cúmplice do ilícito praticado, passa a fazer parte de uma quadrilha.”

Ora, essa poderia ser uma solução para o nosso judiciário, sufocado por uma profusão de processos. Grande parte deles tratando de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, receptação de roubo e muitos outros crimes de difícil explicação da origem dos recursos. Com essa medida, no mínimo a arrecadação de tributos aumentaria, por que esses criminosos precisariam ter receitas legais para garantir a cobertura das grandes bancas de advocacia.

O mais provável, no entanto, é que sem a garantia hoje oferecida de impunidade, a tendência à prática desses delitos iria diminuir. Não por um surto de consciência dos criminosos. Mas, por que os crimes seriam julgados sem as bancas de advogados milionárias e as penas inevitáveis iriam desestimular o crime.

Nosso desafio como sociedade é descobrir como implementar medidas simples como esta para podermos ter a justiça que nosso povo merece.

Luís Eduardo Fontenelle Barros

Economista e consultor empresarial.

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Economista e consultor empresarial.