Norberto Bobbio (1909-2004) ensinava: “Acreditamos saber que existe uma saída, mas não sabemos onde está. Não havendo ninguém do lado de fora que nos possa indicá-la, devemos procurá-la por nós mesmos. O que o labirinto ensina não é onde está a saída, mas quais são os caminhos que não levam a lugar algum”. O governo central não libera emendas aos parlamentares e até exclui indicados para ocupar cargos públicos de quem não votar favoravelmente às suas propostas. Com essa escolha não encontraremos uma saída para a crise.
Jesus Cristo já dizia: Ninguém vai ao pai, senão por mim. E quem é ele (Cristo)? Ele é a verdade e a vida. Não queremos afirmar que a escolha deva recair num cristão ou num pastor, mas é preciso compreender que a grande crise do Brasil é de Confiança, sobretudo confiança nos governos e o que não dizer dos governantes que sofrem o viés dos apaixonados confrontos enviesados pelas crenças que os acometem. São crenças espirituais, culturais e ideológicas que muitos não deixam de lado e apegados em suas paixões, nem mesmo para pensar no Brasil.
Há pressa porque estamos próximos de 2018 e a escolha será antes dele terminar, decidiremos qual o rumo que pretendemos dar ao nosso país. Seria nas mãos de Ciro Gomes um cabra macho e com experiência política ou com Bolsonaro que tem experiência mista entre quartéis e parlamento. Fica difícil escolher não é mesmo? Agora vamos estabelecer outro confronto entre dois “Ex-Presidentes” e agora presidenciáveis. Serão eles presidenciáveis? Claro que não. Ninguém quer a continuidade desse FLA X FLU. Ambos já governaram 8 anos.
Somos vaidosos? Os políticos também são vaidosos e não devem aceitar ser bajulados com presentes, a exemplo do mimo que Sérgio Cabral recebeu de um bajulador. Ele deveria ter devolvido! Não precisamos ser grosseiros com quem tem carinho e atitudes do bem, mas bom senso ajuda e muito a entender e a fazer escolhas dos caminhos que não levam a lugar algum, entre muitos a serem excluídos (Bobbio). Nós também somos gratos a todos que nos governaram, mas a gratidão não deve ser paga com o mimo do “Voto” ou assim nos igualamos a eles. Nem A, nem B, nem C porque precisamos mudar e até aqui erramos os caminhos.
A crise de confiança chega até à demonização da política e isso é abominável. Desde quando combater privilégios é ser contra o povo? Imagine se alguém poderia ser contemplado a se aposentar com o ganho de um salário mínimo por dia, quando algumas prefeituras não conseguem pagar um (salário mínimo) por mês. Evidente que essas distorções devem ser corrigidas de forma menos traumática que for possível. “Fazer reformas é combater privilégios” foi essa a afirmação governamental! E os oportunistas desandam a demonizá-lo. Combater privilégios é um bom caminho, mas o exemplo precisa ser dado de dentro para fora do governo.
Caberia à classe política buscar credibilidade, sem comprometer suas reputações e discutir de forma assertiva, desapaixonada e menos oportunista sem aceitar cargos para apoiar medidas. A política do é dando que se recebe é condenável sob todos os aspectos. A exclusão do poder fez os governistas de outrora se radicalizarem numa verborragia condenável e sem uma profunda avaliação crítica que permita um racional e adequado posicionamento menos maniqueísta e político ideológico radical.
Ser contra as reformas! Será que essa atitude pode abrir caminho para um novo mandato em 2018? Alguns estão pensando assim. O caminho das urnas já não é o de um Brasil velho, dominado pelo fisiologismo e pela troca. Já tem políticos se associando a governos para indicar a escolha de um velho caminho que não leva a lugar algum. Esse não é o caminho da verdade!