Arquivos em Tags: poema

Cinema Falado, poema cantado

Em termos artísticos, gosto de dar-me às subjetivações: Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil estão para a Música Popular Brasileira assim como Drummond, Manuel Bandeira e João Cabral de Mello Neto, para a literatura, não necessariamente nesta ordem. Com

Distraída

Ainda que, distraída eu fosse,
ouvir(ia) o silêncio que tu amas, em ti.
Como se fosse ele: a guiar os teus dias,
os teus desejos arraigados e o cheiro forte das tuas lembranças mais tenras.

Ainda que, distraída eu fosse,
sentir(ia) a tua voz mansa

Elogio a uma Árvore

Árvore mística e eterna,Sei que sabes mais que euA História dessa gente fraterna,Que ao teu lado padeceu.Árvore amiga e sincera,Que nesta tarde, ao teu lado passoE nestes versos de quimera,Contemplo a tua beleza e o meu cansaço.Somos irmãos, árvore amiga,Em

CONFIDÊNCIAS DO IGUATUENSE – PARÓDIA

Muitos anos vivi em Iguatu.
Principalmente nasci em Iguatu.
Por isso sou triste — e morro de saudades.
Saudade dos amigos, das rodas na calçada, do aracati soprando,
quando vem a madrugada…
A vontade de chorar, que às vezes sinto,
Vem de Iguatu, de suas tardes

E…

QUANDO A MINHA MUSA INSPIRADORA, NOS EXTREMOS da generosidade que a faz tão singular, visitou-me – solícita e severa, serena e altiva, obsequiosa e perspicaz, dócil e rigorosa – para incumbir-me de produzir um poema, uma crônica, um conto ou

Desviando T.S.Eliot ou abril despetalado

Abriu a página do jornal
abril quatrocentos mil
Abriu lacuna
em desolado abril
E à tarde no Brasil, a noite dorme sem nenhuma paz
Abril, adormecido acordado, fatigado, ao nosso lado alguém jaz
enquanto no Planalto há um capataz
O enterro dos mortos, escreveu Eliot, “Abril é

FALTA-ME O AR

Quase 300 mil vidas
ceifadas de um último abraço
e sem que pudessem respirar seus lares
e sentir o amor borbulhante
…que pulsa no coração de quem fica
partiram rumo ao olimpo
para descansar os sorrisos que outrora nós fizeram sorrir e
valsar a música dos encantados..
fazendo

Poema Para Fernando Pessoa.

Algumas impressões do crepúsculo, e na hora absurda vem a chuva oblíqua nos paços da cruz. A súbita mão de algum fantasma oculto. Nesses episódios que me cercam sinto-me múmia.
Onde pus minha esperança?
Nas rosas que florescem!
Feliz dia para quem?
Esse Natal

Medos

Aprendi,
Desde pequena
A esconder
Medo em tapetes,
Tristeza em silêncio
Solidão em escrita
Mas por vezes,
Todos esses sentimentos
Me encaram no espelho
Desafiando-me
a ser mais
do que sou.
Não gosto deles
Nem de seus significados
e ousadia
De me encarar
Frente a frente
Como quem puxa uma briga
Grande parte das vezes,
Finjo não ser comigo
e

Angústia

Venho buscar
O que não é certo dizer.
Tua forma domina
meu jeito de ser,
Da enorme emoção
Subterfúgio do meu prazer

Deixo para trás
O que não busco em mim.
Não tenho certeza
Do que sou para ti.
Me faz suspirar
A dor que não senti.

Aquilo que fez florescer;
Angústia ou