WASHINGTON NÃO PODE PROCLAMAR GONZÁLEZ
WASHINGTON NÃO PODE PROCLAMAR GONZÁLEZ – Manuel Domingos Neto – Roberto Amaral – José Genoino Neto A política tem sua lógica, nem sempre clara à primeira vista, notadamente em tempo de mudanças radicais. Está em curso a mais espetacular virada desde a queda de Roma. A supremacia anglo-saxã, imposta paulatinamente desde as circunavegações e revoluções […]
RELEVÂNCIA GEOPOLÍTICA DA ELEIÇÃO VENEZUELANA
Desde que, sob a liderança de Hugo Chávez, a Venezuela desafiou o imperialismo estadunidense, as informações sobre esse país foram sistematicamente embaralhadas. O domínio secular de Washington sobre a América do Sul fora trincado. Urgia desmoralizar Hugo Chávez e seu discurso libertário. A Venezuela buscou exercer soberania sobre seus recursos naturais, estabeleceu cooperação militar alternativa, […]
O MILITAR E A FÉ RELIGIOSA
Um vídeo circulou essa semana mostrando um auditório repleto de militares numa celebração religiosa falsamente apresentada como neopentecostal. Na verdade, tratava-se de rotineira celebração da Páscoa dos militares que, desde a Segunda Guerra Mundial, ocorre à margem do calendário da Igreja Católica. A postagem maldosa inquietou brasileiros preocupados com as ameaças à democracia: de instituições […]
* CARTA DO PROFESSOR MANUEL DOMINGOS AO GOVERNADOR DO PIAUÍ*
Meu Governador, que essa o encontre bem, assim como à sua família. Permita-me relatar um estado de choque seguido de apertos no coração. O choque se deu ao conhecer um parnaibano de 19 anos, classe média, com pendor refinado para artes visuais, porém sem conhecimentos básicos sobre sociedade, história, literatura, sua cidade, seu povo, o […]
RESPEITEM O SOLDADO E O POLICIAL!
Quem acompanha o que eu escrevo sabe que discordo da concepção de Defesa Nacional prevalecente e sustento a necessidade de uma reforma militar que nos garanta voz efetivamente soberana no jogo internacional. Defendo uma reforma que tire do militar o papel de ator multifuncional e o deixe na condição de guerreiro pronto para abater o […]
Lula não pode temer o militar (para Oswald Barroso)
A ministra Luciana Santos e o ministro Camilo Santana suspenderão o financiamento de pesquisadores que estudem o golpe de 1964 e a ditadura que se seguiu? A UNB será impedida de promover homenagem póstuma a Honestino Guimarães, assassinado pela ditadura? O Ministério da Educação sustará reverências a Anísio Teixeira e Paulo Freire? Deixará de implementar […]
Blindagem trincada
Em seu retorno à presidência, Lula deixou claro seu interesse em sossegar a caserna e governar sem arroubos. A escolha do Ministro da Defesa atestou sua opção. Múcio diz com todas as letras estar “resolvendo as coisas em absoluto comum acordo com os comandantes das Forças. Na realidade, eu administro apenas a resultante da vontade […]
CARTAS DE LULA AO MILITAR
Em Curitiba, Lula disse não entender a indisposição dos militares consigo, já que havia atendido suas reivindicações. Os pleitos eram cabíveis? Ajudariam a autonomia brasileira em Defesa? Atenuariam a hipertrofia da Força Terrestre? Ampliariam a capacidade aeronaval? Reduziriam a gastança com o funcionalismo fardado? Era como se Lula dissesse: satisfiz e satisfarei vossas vontades! Custei […]
O “Diálogo” Civil-Militar
Oficiais reagem mal à ideia de a Defesa Nacional ser formulada e conduzida pelo poder político. Consideram que orientações sobre tal matéria devem ser fruto do “diálogo” civil-militar. Desta forma, rejeitam o princípio da soberania popular que fundamenta a democracia moderna. É uma ideia que amesquinha a Carta e é inexequível. Ao castro o que […]
O JEITO DE GUERREAR MUDOU
Forças armadas sempre se renovam, umas copiando as outras. Guerreiros sempre buscam o melhor jeito de bater sem se expor. A última onda de mudanças começou na Guerra do Golfo (1990-1991), o maior festival de força e crueldade desde Hiroshima e Nagasaki. Em semanas, os Estados Unidos, encabeçando uma coalizão de 30 países, arrasou o […]
Conferir a defesa nacional
Comandar corporações pressupõe estabelecer-lhes diretrizes e escolher os responsáveis por sua implementação. A autonomia corporativa deve ser concedida no limite do cumprimento das missões recebidas. Repiso o ensinamento universal e atemporal: chefias de Estado, ou enquadram aparelhos de força ou serão por eles enquadrados. Chefes de Estado não atendem as fileiras; as fileiras devem atendê-los. […]