EM NOME DO PAI, por Francisco Luciano Gonçalves Moreira (Xykolu)
“Sou do tempo em que bastava um olhar dos pais e a obediência se dava por inteiro; em que a reprimenda ocorria em função dos erros que cometíamos: nada de exageros nem de omissões. Sempre sabíamos o porquê dos castigos; se havia alguma revolta, logo se dissipava na convicção do merecimento.” [Xykolu, em Alguma coisa […]
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES…, por Francisco Luciano Gonçalves Moreira (Xykolu)
A um tal de Cláudio, em especial. “Eles parecem tudo escolher não pela qualidade, não pelo valor estético, mas pela afinidade ideológica.” [Jana, em OS PROBLEMAS DA ESQUERDA…, Segunda Opinião: 30.6.2017]. Gosto de ler o Haroldo, o Capablanca, o Osvaldo, a Jana e todos que colaboram com o Segunda Opinião. Saboreio criticamente o que eles […]
O RÁDIO E UM DESEJO PUERIL, por Francisco Luciano Gonçalves Moreira ()Xykolu)
“A notícia se espalhou e todo mundo veio ver a maravilha. Caixa grande de madeira, até pegava o estrangeiro. As válvulas se acendiam, vinha o tempo de aquecimento e, de repente, a voz que vinha de muito longe.” [Rubem Alves, em O VELHO QUE ACORDOU MENINO. São Paulo: Planeta, 2015; pág. 203]. O meu avô […]
COMO NUMA PARTIDA DE FUTEBOL, por Francisco Luciano Gonçalves Moreira (Xykolu)
“Bola na trave não altera o placar Bola na área sem ninguém pra cabecear Bola na rede pra fazer o gol Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?” [Samuel Rosa e Nando Reis / Skank] PRÉ-JOGO Indague-se a qualquer cidadão brasileiro com mais de cinquenta anos de estrada que evento marcante lhe […]
CENAS DO COTIDIANO – Infelizmente, por Francisco Luciano Gonçalves Moreira (Xykolu)
Sem falar que corri o risco de morrer apenas uma vez, enquanto meu assaltante possivelmente já estará morto no momento em que esse prestigioso jornal publica esta.” [Millôr Fernandes, em Otlassa*, 100 FÁBULAS FABULOSAS – Rio: Record, 2003; pág. 168]. – Chegou a tua vez, vacilão! Passavam uns dez a quinze minutos do meio-dia de […]
NINHO NA JANELA, por Francisco Luciano Gonçalves Moreira (Xykolu)
Um jovem casal de rolinha-caldo-de-feijão, aformoseado em seu natural paramento marrom e apaixonado em seu canto pouco melodioso, monótono e sequenciado – uú-uú-uú –, demonstrando ainda não ter expertise no assunto, teimou em construir seu ninho num lugar que, no concernente à estratégia, em nada revelou a natural competência que deveria ter sido herdada dos […]
MESA DE BAR (Ordinários ofícios) Parte III, por Francisco Luciano Gonçalves Moreira (Xykolu)
– Mestre, a referência feita a uma das mais inquietantes e atuais frases de Rui Barbosa encorajou-me a trazer ao conhecimento dos meus pares uma experiência de sala de aula, uma vivência que reputo bastante gratificante para um velho professor de jovens adolescentes, ainda imberbes, e que não perde o prazer de ser um eterno […]
Seis ponto cinco, por Francisco Luciano Moreira Gonçalves (Xykolu)
O QUE VEIO À PLENA LUZ – Em prosa “Tenho assistido, incógnito, ao desfalecimento gradual da minha vida, ao soçobro lento de tudo quanto quis ser.” Desde que me entendo como gente, carrego comigo uma certeza, uma verdade… absoluta. Se nasci, um dia hei de morrer. Tenho de ser competente e dedicado para preencher […]
MESA DE BAR – Ordinários ofícios (Parte II), por Francisco Luciano Gonçalves Moreira (Xykolu)
– Amigos, agradeçamos aos deuses o néctar que ora nos servem e divinamente sorvemos. Excelente, como sempre! – O decano retomou, assim, os trabalhos da confraria. – Confesso haver-me lembrado de uma frase que, se a memória não me trai, o escritor francês Victor Hugo a inscreveu em seu clássico OS MISERÁVEIS: “Deus dá o […]
GALOS, TARDES E QUINTAIS…QUANDO HAVIA, por Francisco Luciano Gonçalves Moreira (Xykolu)
“Apontei o estilingue. Disparei. A pedra fez a curva. E o impossível aconteceu: acertou. […] Eu estava só brincando de caçador.” [Rubem Alves, em O VELHO QUE ACORDOU MENINO. São Paulo: Planeta, 2015. Matei uma rolinha, pág. 220]. 1984. Férias do meio do ano. Finalzinho da tarde de uma proveitosa sexta-feira. O sol, preguiçosamente, ia […]
Recortes do cotidiano, por Francisco Luciano Gonçalves Moreira (Xykolu)
“Muita coisa pode ser lembrada e aprendida ao se olhar para trás, mas somente para uma visita, não para uma estada demorada”. [William P. Young, em A cabana; pág. 129]. A orfandade precoce me impôs percorrer caminhos que, sob a incansável e criteriosa orientação materna, jamais teria sequer deles me aproximado. Antecipei, inconscientemente, a aquisição […]