Arquivos em Tags: jaime soares

Bem-aventurados

Entrámos na capela do antigo convento branca e nua. Ao fundo uma sombra moveu-se com rapidez. Terei sido só eu a vê-la? Eu girei sobre os calcanhares e pus-me a olhar para uma mulher cheia de anéis ao meu lado.

MUNCH

A minha cabeça cheia de pó tomba para o lado. Já são 10h e nada acontece. Domingo, dia de Inverno, muita chuva, não se passa nada. Foge-me todo o sangue para o rabo. Eu estou nu, não me ergo do

BARCELONA

Após o joguinho de futebol na última madrugada, no Camp Nou, eu decido-me pela visita ao hostel logo pela manhã. Assim foi. Gràcia City Hostel. Isso. Com acento grave e tudo. Há postes de iluminação ao fundo da rua. Só

ÁLCOOL

Jaime Soares gargalha daqui até à lua. Hoje, o seu pai, a quem como alimento deram sobretudo ruindade, põe os pés ao caminho para deixar o álcool. A pele brilha, mal se senta para conversar com o pai sobre uma

CORES

O artesão conduzia um carro vermelho. Ford coupé, 1940, tubo de escape roto. O dia aparentava estar soalheiro e barulhento como tudo. O seu destino era o Hotel Cordelinho, na Baixa. O artesão, que tinha óleo nas mãos, gritava obscenidades

Vidas

No sofá do seu avô não sabia bem como se soltar do abraço daquela que era sua prima afastada. Ali ambos transpiravam há mais de uma hora. Havia sorrisos. O abraço sem roupa parecia um ritual sem palavras. Eram oito