Síndrome do Pica-Pau

Pica-Pau é o nome popular dados às aves pertencentes à família Picidae da ordem Piciformes. São facilmente identificáveis por seu hábito de tamborilar (bater o bico sobre uma superfície) produzindo um som mecânico muito característico que é utilizado na comunicação entre espécies, proteção do território e atração sexual. Esta ave fez parte da infância de muita gente, graças ao desenho animado que leva seu nome.

Mas o que eu gostaria de falar mesmo é sobre outra espécie de animal, a dos Humanoides da família dos Teimosideos. Essa espécie desenvolveu uma síndrome, identificada pela psicóloga Nádia Person da Universidade de Chicago como a “Síndrome do Pica-Pau”.

Essa síndrome é a tendência de perseverar em uma ideia. Manifesta-se quando uma pessoa não está disposta a abrir mão de suas convicções de forma radical, o que leva a discussões tóxicas nas quais os mesmos argumentos são repetidos insistentemente, sem avanços.

São as pessoas do “sambinha de uma nota só”, adeptos da máxima de que uma mentira repetida insistentemente torna-se uma verdade. Uma mistura de boas intenções distorcidas e justiça própria, carregada de raiva e repetição, sem produzir uma maneira saudável de se comunicar.

Eles são propensos a culpar o outro, não ouvem e repetem com entusiasmo o mesmo argumento, porque seu objetivo não é se comunicar, mas vencer a qualquer custo.
Portanto cuidado nas discussões tóxicas pelas redes sociais e pelos grupos de WhatsApp, pois quando priorizamos a solução em detrimento da discussão podemos ir muito além do que seja razoável.

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