Na opinião da senadora Ana Amélia (PP-RS), os integrantes do PT têm memória seletiva ao acusar a gestão do presidente interino Michel Temer de atentar, com as medidas para retomar o crescimento, contra direitos da população. Ela afirmou ser necessário colocar os “pingos nos is” e melhorar a comunicação da gestão Temer com a sociedade para mostrar as incoerências no discurso dos novos oposicionistas.
– O PT está revelando agora que não é competente para governar, não é competente para administrar as contas públicas, mas sabe fazer muito bem oposição. Nisso são especialistas – avaliou, em discurso nesta sexta-feira (17).
Para a senadora, é estranho como o PT pode reagir à demissão do terceiro ministro de Temer por suspeita de cometer irregularidades se a própria Dilma demitiu sete, no início de seu governo, pelo mesmo motivo.
Ela questionou ainda o fato de os petistas reclamarem “de autoritarismo do Executivo” se a presidente afastada conseguiu alterar a definição da política de reajuste do salário mínimo e das aposentadorias para que fosse feita por meio de decreto, não mais passando pelo Congresso. Isso ocorreu, lembrou, quando o senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos ministros afastados na gestão de Temer, era líder do governo.
A senadora fez questionados também sobre a Desvinculação de Receitas da União. Como podem dizer, indagou ela, que a aprovação da DRU causaria o caos na saúde e na educação se antes disso já existia um rombo de R$ 20 bilhões no setor e o fechamento de 43 mil vagas de UTIs em todo o país?
Ana Amélia citou também uma série de medidas impopulares tomadas ainda no governo Dilma, como as alterações no acesso ao seguro desemprego e a manutenção do que eles criticavam anteriormente, como o fator previdenciário.
A senadora defendeu ainda, para refutar acusação de que a ida de Michel Temer para a Presidência deve-se a uma operação para tentar barrar a Lava Jato, que só sejam feitas alterações da Lei da Delação Premiada após o encerramento de toda a operação. Uma das mudanças sugeridas por Ana Amélia é a punição para quem mente em suas delações.
Agência Senado (