Se tivesse sangue, Temer estaria sangrando, por Rosana Medeiros

Os portais de notícia começam a noticiar que a polícia encontrou provas contra Temer. Cópias de cheques da OAS e da JBS que passaram pela conta de Temer (essa que está realmente em nome de Temer, diferente das contas atribuídas a Lula e Dilma pela JBS) foram divulgadas na imprensa.

Se tivesse sangue, o usurpador estaria sangrando no cargo após as vísceras podres da corrupção do Brasil serem expostas por diversos empresários e, principalmente, por Joesley Batista, dono da Friboi, e sobretudo por serem legitimadas pelo Jornal Nacional.

Manter Temer no cargo está expondo o que há de pior nos três poderes. O Sup​remo Tribunal Federal, a Câmara dos deputados​ , o Senado​ Federal​ e a Presidência da República estão em descrédito.

 Sem esquecer do quarto poder, a imprensa, que está dividida entre a Globo, que endossa a queda do presidente morto-vivo, e a Folha que parece defendê-lo.

Temer, Aécio e companhia estão descobrindo que o “karma it’s a bitch” e que quem planta G​lobo e estado de exceção, colhe tempestade política.

Temer queria o apoio da Casa-grande e pra isso usou o cargo para realizar todas as vontades mais obscuras dos empresários, que têm sangue e alma de senhores de escravo. Mas em seu delírio por poder, esqueceu que a corrupção precisa atuar nas sombras.
A dúvida que fica é se vamos voltar aos tempos de Fernando Henrique (onde, pasmem, já existia corrupção) e tudo isso acontecia sem que os políticos jamais fossem punidos, ou se o Brasil pós operação Lava-Jato não vai mais permitir impunidade.

O alento dessa loucura toda é que a crise tem sido providencial no intuito de atrasar a agenda de atrasos trabalhistas ao qual Temer acorrentou o seu governo. Enquanto Temer passa mal com toda essa carne vencida, os direitos dos trabalhadores ganham uma sobrevida.

Rosana Medeiros

Publicitária, estudante de marketing político e feminista, que acredita nas pessoas e na educação como ferramenta de transformação.

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Rosana Medeiros

Publicitária, estudante de marketing político e feminista, que acredita nas pessoas e na educação como ferramenta de transformação.