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Privatização em Roraima: empresa saltou repentinamente de revendedora de motores elétricos para concessionária de energia elétrica, diz senadora do PDT
A senadora Ângela Portela (PDT-RR) criticou duramente, nesta quarta-feira (31), o aumento das tarifas de energia em Roraima. Para ela, o reajuste, acima da inflação, é resultado direto da privatização da Boa Vista Energia, empresa subsidiária da Eletrobras. Ela afirmou que a Boa Vista Energia foi privatizada a um preço muito baixo e que a gestão privada dificultará a implantação de programas sociais indispensáveis em regiões carentes.
A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou nesta terça-feira, 30 de outubro, um reajuste médio de 38,5% nas tarifas da Boa Vista Energia, num momento em que a inflação está em aproximadamente 4% ao ano, disse a parlamentar. As novas tarifas vigoram a partir de 1º de novembro, sendo que a Boa Vista Energia foi leiloada em agosto, explicou a senadora. A empresa pertencia à Eletrobras e foi comprada pela empresa Oliveira Energia, continuou Ângela Portela, para quem a privatização não teve transparência.
— A distribuidora atende 165 mil unidades consumidoras. Essa operação não foi tratada com qualquer transparência. Houve toques surreais no leilão, realizado em São Paulo, para privatizar a Boa Vista Energia, que acabou comprada por pequena empresa Oliveira Energia, que saltou repentinamente de revendedora de motores elétricos para concessionária de energia elétrica — afirmou.
A senadora alertou para as consequências negativas da privatização de empresas subsidiárias da Eletrobras, observando que os cidadãos roraimenses sofrerão com tarifas de energia ainda mais caras.
— A privatização da Eletrobras, de que o caso da Boa Vista Energia é apenas um episódio a mais. Representará renúncia a decisões estratégicas, que se transferirá do Brasil para empresários comprometidos apenas com o próprio lucro — criticou Ângela Portela.
Linhão de Tucuruí
Ela ainda chamou atenção para a “incompetência” do governo federal, que mantém o estado de Roraima dependente de usinas termelétricas caras e de má qualidade.
Ângela Portela cobrou a interligação de Roraima ao sistema nacional de eletricidade por meio do Linhão de Tucuruí, cujas obras teriam sido deixadas de lado em nome de “interesses escusos”.
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