O problema da crise econômica não está circunscrito às expectativas de piora no quadro geral devido ao novo Corona Vírus e sua relação com o afastamento de pessoas da atividade produtiva, mas se estende aos desdobramentos de uma disputa entre nações como Rússia e Arábia Saudita pela hegemonia das políticas relacionadas às suas respectivas petrolíferas, a serem mais afetadas com a recessão esperada com as restrições econômicas contra o vírus.
O Brasil de Jair Bolsonaro tinha um plano e, assim como as grandes nações do mundo, foi surpreendido pela alteração da conjuntura externa, a mesmo que abalou o mundo. Até a China se curvou (queda monumental do PIB) e já não tem sido capaz de dar continuidade a uma batalha comercial com seu maior concorrente à hegemonia global. Fácil verificar que todas as nações adquiriram, neste momento, um inimigo comum e inesperado. Todos no mesmo barco.
O drama de todos os líderes mundiais é que o problema não é somente da falta de entendimento para união de esforços contra tão poderoso inimigo, aparentemente virtual, mas de uma potencialidade capaz de denunciar a falta de cooperação entre as nações e pior do que isso é a falta de cooperação entre os poderes de cada nação. A elevação do número de vítimas e em face da falta de controle da enorme expansão, os governadores já conversam com o Presidente.
No encontro de Bolsonaro com os governadores foi anunciado um pacote de ajuda aos Estados e Municípios, no montante de R$ 88 BILHÕES. O Presidente entendeu que tornou-se impossível fazer previsões e a incerteza tem sido capaz de promover a ameaça de desconstrução dos pilares do setor real da economia, ainda que momentânea, mas que tem sido capaz de abalar o setor financeiro como um todo: O inimigo é comum e o mundo todo está no mesmo barco, é isso.
No Brasil precisamos colocar de lado as diferenças pessoais, os interesses eleitorais e buscar, pelo menos, amenizar os estragos que a passagem desse monstro nano-microscópico tem sido capaz de causar. Evidenciamos a necessidade de colocar de lado as questiúnculas na política e que surgiram com o pleito que se avizinha. Ainda não terminamos de equacionar o problema na saúde e surge o problema da adoção de medidas para o crescimento econômico/empregos.
Isenções fiscais não seriam suficientes e nem a dispensa de pagamento de prestações vincendas nos bancos, assim como negociações trabalhistas flexibilizadas com vistas ao salvamento de empresas deixaram de ser revistas. As projeções do crescimento do número de empresas em fase de dificuldades, não foram capazes de fazer com que o Presidente retirasse da MP um artigo com permissão de suspensão do contrato de trabalho por 4 meses com redução salarial.
Há sinais de trégua entre as grandes lideranças mundiais. Aqui no Brasil o que se vê é muita gente jogando para a plateia. Governadores de norte a sul parecem mordidos pela mosca azul e não se apercebem que o povo brasileiro os observa e responderá nas urnas. Uma pandemia como essa que já contaminou mais de duas centenas de milhares de pessoas e causou, cerca de 12.784 vítimas fatais, além de milhares de desempregados, nem assim os federados se tocam.
Pedimos aos parlamentares e aos governadores dos Estados Federados que tenham grandeza para deixarem de lado as políticas menores, elas não trarão de volta os empregos perdidos.