PEDRO TEMPESTADE

Porque eu decidi que sim, agora mesmo.
Compreendi que chove, de dentro pra fora de mim.
Porque meu nome é Pedra, é Lua, é Tempestade.
Porque meu nome é Pedro. É Céu. É Saudade.
Beijo-te com os olhos, que demasiado graúdos,
estão cansados do peso do mundo,
que anteriormente
apenas as costas precisavam suportar.
Cansei, de cabeça cheia e de coração vazio.
Cansei, de preces não atendidas, e de palavras não entendidas.
Eu sou um ser coletivo, como um lobo.
Mas também sou seletiva, como um urso.
Chovo, mas ao me inundar, eu transbordo.
Choro, mas ao ir embora, eu não morro.
A minha natureza é sagrada.
O meu paradeiro é secreto.
E por ser, quente, eu queimo.
E por ser fogo, eu mato,
mas eu não morro.

Carolina Capasso

Carolina Capasso é graduada em Letras Português e pós-graduada em Arteterapia Escolar. É apaixonada por Literatura Brasileira, Gramática Normativa e Produção Textual. Integrante do Sarau Casa de Poesia. Publicou seus textos em três antologias poéticas. Recentemente escreveu o livro "Canção do Mar".

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Carolina Capasso

Carolina Capasso é graduada em Letras Português e pós-graduada em Arteterapia Escolar. É apaixonada por Literatura Brasileira, Gramática Normativa e Produção Textual. Integrante do Sarau Casa de Poesia. Publicou seus textos em três antologias poéticas. Recentemente escreveu o livro "Canção do Mar".