— Lourenzo de Médici sem dúvida amava as artes, mas o seu apoio aos artistas tinha o seu lado prático, do qual ele tinha bastante consciência. Naquela época, em Florença, a atividade bancária era talvez a forma menos admirada de se ganhar dinheiro, e certamente não era uma fonte respeitável de poder. As artes estavam no polo extremo, o da transcendência quase religiosa. Gastando com as artes, Lourenzo diluiu as opiniões do povo sobre a feia origem de sua fortuna, disfarçando-se na nobreza.
(Trecho de livro As 48 leis do poder, de Robert Greene)