O Brasil não é um trem descarrilhado, por Haroldo Araújo

Evidências fortes comprovam um redirecionamento nas políticas de austeridade como manda a Lei de Responsabilidade Fiscal e complementadas com a recente aprovação do “Teto” para gastos públicos. Comprovadamente o governo federal assume as rédeas da política de arrumação das contas públicas, mas sem que para isso precisasse parar o país. Incrível como uma mudança de gestor tenha trazido de volta a esperança de crescimento.

Candente a situação dos estados da federação! Vejam o momento que atravessa o Rio de Janeiro: Povo nas ruas com paus e pedras para impedir a venda da CEDAE, quem está certo? Não tem escolha! O que vejo é uma pequena quantidade de desinformados que não querem a solução dos problemas que o Estado atravessa. A CEDAE vai ser negociada por R$ 3 BI e o Rio precisa de R$ 20 BI. O govenador PEZÃO não espera contar com o apoio explícito, porque está implícita a necessidade e o apoio da maioria: Para que governo gerindo empresas?

Para amenizar o arrocho em curso e oferecer mais fôlego aos desempregados: Michel Temer autorizou o saque das contas inativas do FGTS para destinação que convier ao sacador. Com impacto limitado, mas certamente significativo de R$ 30.000.000.000,00 injetados na “Economia” e que turbinarão o consumo das famílias. Um indicador que sofria queda há 6 meses e agora se dará sem impactar para cima o endividamento atual das famílias. Injeção de vitamina na veia do endividamento da espécie a que se destina e que vinha insuportável.

O novo em tudo isso é que esse “handicap” para saldar dívidas se dava com o recebimento do décimo terceiro salário em período natalino com muitos apelos de gastos. Em uma economia desaquecida não haverá qualquer impacto nos números da inflação porque a própria intenção é também promover a retomada do crescimento. Outra medida na mesma linha dos recursos do FGTS foi o aumento do limite para financiamento de imóveis com o uso do fundo. Em paralelo foram registrados avanços para a regularização de imóveis encalhados.

Constatou-se a importância de evitar problemas de solução de continuidade em Obras por determinação do próprio aparelho estatal. Exemplo evidente é o prejuízo de obras paradas e que tendem a elevar os custos para sua conclusão, agora em fase de avaliação e debate sobre as que serão priorizadas. As obras que são compartilhadas com os governos estaduais estão à espera de solução conjunta no âmbito dos estados acerca de suas dívidas a em renegociação.

O Governo Temer avança também em medidas que não dependem do Congresso, a exemplo de ter uma sintonia de priorização em políticas como aquelas que estão a cargo das instituições de estado e suas respectivas ações no combate à inflação e busca da estabilidade. A situação de Michel Temer pode ser entendida como um desafio de sanear as finanças através de medidas de austeridade sem que perca o controle do social.

São medidas impopulares e que são inadiáveis, como são inadiáveis as reformas para colocar o Brasil no rumo da retomada do crescimento. Lula deixou uma pérola que será cobrada dele mesmo: “O Brasil é um trem descarrilhado”. Eu afirmo que não.

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