Ele nasceu em Limoeiro do Norte, Jorge Alan Pinheiro Guimarães ou simplesmente Jorge Pieiro, poeta, escritor, ensaísta, produtor cultural e outros “blá blá blá”, como ele mesmo define. Iniciou sua carreira em 1977. Tem vários livros publicados, dentre eles O Tangedor, (1991) e Fragmentos de Panaplo, (1989) , e inúmeras publicações em revistas e jornais. Espontâneo, o mestre em Literatura Brasileira, respondendo ao meu convite para participar deste quadro, disse: — “vamos logo! Vamos antes que um de nós dois desista”. Vamos Jorge, continuar sendo poeta da vida.
- Em que outra época gostaria de ter vivido – Anos 20/30 do século passado.
- A palavra que eu mais (menos) gosto – Gosto da palavra Andarilho e da carga semântica que carrega de vida e de mundo; não existem palavras de que não goste, por tratar com elas…
- Um filme para ver de novo é Cinema Paradiso
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Politicamente, eu sou incorreto; mas de tendência anarco-socialista, se isto ainda cabe.
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Quem você ressuscitaria
Melhor deixar quietos os que já foram, até meu anjo-Pai.
- O livro que já li várias vezes é difícil de dizer. Alguns, por necessidade de trabalho; outros por diletantismo; e outros por falta de opção… Em cada tempo!
- Eu me acalmo …dormindo!
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Eu me irrito
Com a ignorância dos metidos a sabidos
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A emoção que me domina
Sou bastante emotivo… Viver me deixa assim.
- Um dia ainda vou colher flores no asfalto, ou seja, continuar utópico.
- Existem heróis? Qual o seu?
Nenhum me veio à mente. Será que existem para serem eternos?
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Religião para mim é questão de fé. Não a sinto comigo.
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Dinheiro é uma prisão que deveria ser desnecessária.
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A vida uma aventura para andarilhos.
- Se você tivesse o poder, eu mudaria o que tivesse que ser mudado, coletivamente. Mas, o poder não me apetece.
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Eu gostaria de ser o que penso que sou.
- Não perco uma oportunidade de trocar ideias com quem as tem.
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A solidão e o silêncio me fortalecem.
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O Brasil é o meu país, o corpo da gente é que é o melhor lugar do mundo!
- O ser humano vai passar sempre por maus bocados. No final, morreremos.
- Eu sou, minha mensagem é:
Muitas vezes, digo que Eu é. Até porque “ser-se” em primeira pessoa é carregar uma carga subjetiva que pode não condizer com a realidade do outro. Mas posso dizer que minha ansiedade tende a ser mais tranquila hoje. Já não me desconheço tanto. Talvez por gostar de respirar lentamente, por querer sempre mudar de quadrados, por buscar enxergar o invisível e não as simples aparências, por gostar de apontar lápis com estilete, talvez por todos esses gestos, posso dizer que o mais importante é o caminho, e não partir ou chegar. Assim, a existência revela-se mais por todos os sentidos.
Perfil HQ: Uma vez ele escreveu “nasci para desconfiar de mim. Continua dando certo” e aqui ele diz “a vida é uma aventura para andarilhos”, seja como for para esse andarilho desconfiado, escrever ou brincar com as palavras, misturá-las e fazer encontro de histórias, colocar as letras num papel, parece ser tão fácil como é o “piar” dos pássaros. Ousado e criativo, Jorge Alan Pinheiro Guimarães foi Coordenador de Políticas do Livro e de Acervos da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará e Curador da 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará. Editor da Revista Caos Portátil – um almanaque de contos. Foi Chefe de Gabinete e Diretor de Gestão de Mecanismos de Fomento da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura, no Ministério da Cultura, em Brasília, entre jan/2010 e dez/2013. Consultor editorial, é sócio-diretor da Grimpa-Consultoria e Gestão Cultural.