A semente cresce
Ao sol de teu olhar
O coração encontra a si
No fundo do outro, seu lar
O limiar do eterno
Onde sempre é flor
Tendo a caminhada aos pés
No ladrilho das pétalas luzentes
É lá, na beira, limiar do lumiar
Quando o gostar vira amor
Quando o privar-se vira doer-se
E o doer se transmuta em fazer-se
– Mesmo apesar dos negares da vida!
A alvorada arvora-se em dia
O meu olhar que, assim, te seguia
Fui buscar-te onde a tristeza não ia
Teu respirar desabrocha alegria
O idílio idília a flora da flor
O amor amora a maré do mar
A maré do mar amora o amor
O namoro namora o idílio que idília
O idílio idília…
Apesar dessa pilha…
Além da família…
Pessoa-multidão…
A nação que é ilha…
O governo quadrilha…
Seguindo a cartilha…
Messias farroupilha…
O chefão de matilha…
Um cérebro de ervilha…
Formação de quadrilha…
A justiça armadilha…
Avessa à partilha…
Cristianismo que humilha…
E o gueto fervilha…
E se o tempo escorraça…
O porvir-maravilha…
CHEGA!!!
Vem aqui!
Vem agora, meu Amor!
Fazer o paraíso virar verbo!