Exploração empresarial ou tremor de terra podem ser a causa do afundamento de um bairro que ameaça 20 mil pessoas, adverte senador do PSDB

Em pronunciamento em Plenário, o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) pediu ao governo federal atenção para situação de calamidade vivida no bairro de Pinheiro, em Maceió. Segundo o senador, o solo do bairro está afundando, colocando em risco a vida de cerca de 20 mil habitantes.

A Defesa Civil do município classificou o bairro em quatro zonas de acordo com o grau de gravidade das fissuras e rachaduras em paredes de imóveis, causadas pela movimentação do solo. Rodrigo explica que 493 imóveis estão na área vermelha, considerada de altíssimo risco. Outros 1.158 imóveis estão na área laranja, de alto risco. Na área amarela são 325 e outros 3.456 estão na área azul, classificados com menor risco.

— Esse bairro, que literalmente está afundando, já passou por vários episódios que colocaram em risco a vida das pessoas. O primeiro passo que temos que ficar vigilantes é em salvar vidas, não apenas em buscar os culpados — o que também é necessário, vamos chegar lá —, mas este é um momento de salvar vidas.

Rodrigo Cunha informou que os moradores da área vermelha estão recebendo um auxílio-moradia no valor de R$ 1 mil reais. Mas ele lembrou que é necessário um pacote amplo de medidas para garantir segurança à população. Ele citou como exemplo o reconhecimento, por parte do Poder Público, do estado de calamidade. Isso irá facilitar o acesso aos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Outra ação é a liberação de uma linha de crédito especial, que segundo o senador foi prometido pelo Ministério de Desenvolvimento Regional para atender cerca de 2,5 mil empresas que atuam na região.

Ele informou que existem duas hipóteses para o afundamento do solo. A primeira diz a um tremor de terra há um ano e meio. A outra suspeita é a exploração de sal-gema que acontece na região há 40 anos.

Agência Senado

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