Das coisas bonitas de andar pelo Pernambuco é ver seus filhos vestirem a sua camisa e se reconhecerem leão do norte. O amor a bandeira do Estado e as tradições culturais unem todos os Pernambucanos. Eles construíram a sua identidade reconhecendo suas lutas e, por isso valorizam a sua cultura.
Daquilo que é bonito de ver é chegar em Belém do Pará ou em qualquer Cidade do estado e se deparar com a bandeira convivendo com os paraenses em qualquer evento representativo. Qualquer conquista de um filho do Pará será celebrada com a bandeira além de sua camisa ser vestida com orgulho e paixão. Eles se dizem cabanos com amor.
Se Fortaleza cantasse o seu Estado, se as ruas do Ceará vibrassem com a música Terral como vibram as ruas do Pernambuco quando escutam Leão do Norte. Se os Cearenses cantassem à Terra do Sol embalados em sua bandeira nas ruas do Benfica no carnaval como cantam os Olindenses nos quatro cantos ao som dos clarins de momo e do elefante de Olinda.
Se Fortaleza vestisse sua camisa de verde esperança com a grande estrela a iluminar a jangada que no alvorecer sai a trabalhar. Se Fortaleza se reconhecesse herdeira de Iracema e das lutas emancipacionistas alencarinas. Se Fortaleza legitimasse sua identidade para o Estado, sua cultura seria fortalecida e assim seus filhos olhariam para dentro de si e saberiam de onde vieram, e isso sem dúvida seria motivo de enaltecimento. O sentimento de pertencimento é crucial para construção da cidadania.
Se Fortaleza cantasse o seu Estado, não haveria tanta estima com a cultura que veio de além-mar e não haveria a América rica como modelo de cultura. Se Fortaleza cantasse o seu Estado, as praças respiravam literatura e o som que sopra dos ventos seria os pífanos que alegra às renovações e festas de padroeiro. Se Fortaleza cantasse o seu Estado a sua bandeira não seria apenas um pavilhão representativo ou um paramento, mas uma camisa inspirada em seu desenho para os cearenses saberem quem são.
Se Fortaleza cantasse o seu Estado…