Nosso país amargou 2 anos de queda do PIB, acumulando variação negativa acima de 7% nos anos de 2015 e 2016, um período que ficará na história. Foram os dois primeiros anos do segundo mandato de Dilma e sua falta de comando e visão estratégica nos brindou com a maior recessão jamais imaginada. Em 2017 e 2018 saímos da recessão e a variação positiva foi de 1,1% no crescimento anual para cada ano. Com todos seus defeitos a escolha foi do povo brasileiro.
Por todo o período de 2015 até 2018, nosso país suportou instabilidades políticas e volatilidades econômico-financeiras, em que não se tinha uma visão de futuro ou possibilidades de formação de cenários na economia. O pessimismo se instalara com a disputa de poder em nossa democracia. A nova e a velha política estavam postas para a decisão do eleitor. Continuar tudo como estava ou mudar sem saber exatamente o que iriamos mudar? As urnas decidiriam.
Não houve tempo para discutir propostas. Fato causador de mais instabilidades ou incertezas nos rumos de uma nação. Um país dividido ao meio, chegava à um segundo turno em outubro de 2018 para perceber que os brasileiros não queriam mais do mesmo. Falta de entendimento? isso o país tinha de sobra, porque no dia 21 de maio de 2018, tivemos a chamada crise do Diesel, ou greve dos caminhoneiros que foi capaz de frear o crescimento do agronegócio e do país.
Como se não bastasse a instabilidade gerada pelo impeachment de uma governante recém-eleita, seu sucessor (Temer) estava cercado de denúncias. Mais instabilidades na política com a impossibilidade de implementação de medidas requeridas para equilíbrio das nossas finanças. Assim mesmo, em 2018, poderíamos ter crescido 2,5% e só crescemos 1,1%. Os analistas atribuem à redução deste PIB à greve dos caminhoneiros. Mais incertezas no horizonte!
Mais estragos na crise do diesel: A redução de 1,2% de nosso Produto Interno Bruto em 2019. Um movimento capaz de causar prejuízo de R$ 80 Bilhões ao nosso país. Posso afirmar que a greve foi um tiro no pé de quem queria desestabilizar! O povo votou na mudança. Agora trocamos a política que coonestou com práticas que desembocaram num impeachment e com movimentos radicais, de tal magnitude a ameaçar uma economia que estava em recuperação
Chegamos em 2019, um ano em que nossas empresas amargam a redução de seus negócios, com queda de faturamento e graves repercussões na sociedade como um todo. Um fato comprovado de que os confrontos não beneficiam a ninguém e todos perdem. As despesas estavam dentro das previsibilidades orçamentárias. O crescimento era previsto e as receitas do governo viriam do bom andamento da economia, mas ainda falta entendimento na política.
Os erros do primeiro mandato de Dilma foram esquecidos pelo povo nas urnas, tanto isso é verdade que foi reeleita, mas as forças políticas queriam sua queda. A história se repete e assim foi: Michel Temer foi um gestor acuado, sem forças para governar. Os governos esquecem que um bom serviço de “Intelligentsia” e boa capacidade de pensamento estratégico será capaz de ser um aliado e competente meio de destruir armadilhas.
Uma das armadilhas do crescimento é a instabilidade econômica causada pela falta de entendimento na política. A disputa de poder tem hora e isso deve se dar nas urnas. O povo sabe muito bem que os governos buscaram certo protagonismo na política e que os demais participantes não foram capazes de diagnosticar essa falta de espírito público. Os integrantes da sociedade ao invés de buscar entendimento, medem forças e a sociedade é quem perde.
Essa armadilha do crescimento só será desmontada quando todos perceberem que a economia e a política estão entrelaçadas e que a política é, também, a arte do entendimento.