“Sobre educação: Educação é prioridade. O futuro de nossas crianças está no ensino de qualidade. É preciso dar aos alunos as melhores condições para aprender e para os professores a melhor preparação. É essencial valorizar o professor, cuidar de sua formação e de seu treinamento e desenvolvimento.
“Sobre transporte: Transporte coletivo é prioridade. A qualidade de vida do trabalhador tem muito a ver com o transporte. A sua produtividade no trabalho tem tudo a ver com a segurança, a pontualidade e o conforto nos ônibus e trens.
“Sobre saúde: Saúde é prioridade. A família tem que contar com uma unidade de saúde perto de onde mora. Essa unidade e seus profissionais têm que dar o melhor atendimento. Quando alguém adoece e procura ajuda, essa pessoa está no seu momento mais frágil. Toda a atenção tem que ser dada. É obrigacnao do gestor cuidar disso.
“Sobre trânsito: Trânsito é prioridade. Milhões de pessoas indo e vindo em milhões de veículos pesados e velozes. O poder público tem que agir para regular e fiscalizar todos os fluxos coletivos para dar segurança às pessoas e melhorar a mobilidade. A malha urbana é grande e complexa. É fundamental agir de forma racional com rihor técnico-científico.”
Coloque toda a sua atenção e tenha o máximo cuidado para não se deixar enganar por candidatos a prefeito por quatro anos (ou oito) que digam velhas e conhecidas obviedades, o tro-lo-ló, o sambado lero-lero, o engana-trouxa. São palavras bonitas, mas vazias de real compromisso. Todas essas frases são clichês retóricos usados em todas as campanhas. Todas elas servem a qualquer candidato de qualquer partido e são aplicáveis a qualquer cidade. Se você quiser um critério para não cair nessa conversa mole, espere de um candidato honesto que ele:
- assuma compromissos com objetivos, metas e prazos em saúde, transporte e educação
- diga como vai se relacionar com profissionais de saúde e de educação, com mão-de-obra terceirizada e cargos comissionados
- estabeleça o que ele considera padrões mínimos e padrões desejáveis de qualidade do serviço público e como e com que frequência vai medi-la
- qual vai ser a política de tarifas do transporte coletivo e como será a ação fiscalizadora dos prestadores de serviço
- o que ele vai fazer com o dinheiro do orçamento, tin-tin por tin-tin
- deixe bem claro como e com que frequência vai prestar contas à população
- estabeleça nitidamente como vai fazer para ouvir, registrar e responer às demandas das comunidades dos mais de cem bairros
- fixe quanto vai investir na periferia e quanto vai investir nos bairros nobres e zonas turísticas
- diga como vai fazer para arrecadar mais (e de quem vai cobrar, e quanto será a meta)
- explique o que vai fazer nas áreas cultural e social e quanto vai destinar a elas.
Não é pedir muito. É cobrar o mínimo.