Tudo sobre: Literatura

De Volta à Meca do Euclidianismo

Voltei a São José do Rio Pardo, “a meca do euclidianismo”. Dessa vez para dar aulas no Ciclo de Estudos da Maratona Intelectual Euclides da Cunha, experiência para mim, até agora, indescritível. Participar da Semana Euclidiana (de 9 a 15

O Beijo sem Fadiga

No cenário urbano repleto de mistérios, os gatos Doris Lessing e Gabriel de Deus encontram refúgio e amor mútuo. Seu beijo sem fadiga transcende o tempo e a realidade, sendo testemunhado pela musa Rita Lee e pelas palavras de Clarice Lispector. Dessa união fugaz nasce uma nova geração de felinos, herdeiros da coragem e criatividade dos pais. Benjamin, Ulysses, Senhorita T e Claudine Colette são os destemidos navegadores das palavras, desafiando convenções e deixando marcas na literatura. Adotados por uma escritora, o destino dos filhotes se desdobrará na próxima edição.

Da arte de emprestar e devolver livros

Dia desses tive uma grata surpresa: um livro que havia emprestado a um amigo antes do início da pandemia foi-me devolvido. Era um exemplar de O Bandido Que Sabia Latim, biografia do Paulo Leminski, escrita pelo jornalista Toninho Vaz, que

O Primeiro Livro

Como saber se um livro está pronto para ganhar o mundo? Em sua Conversa de Alpedre, Bruno Paulino divide com o leitor um traço de sua personalidade: a criticidade, em especial, a respeito da própria obra. Na crônica O Primeiro Livro, ele faz uma análise de sua primeira publicação, Lá Nas Marinheiras e Outras Crônicas (2011), seu primogênito, e revela o que mudou, nele e em sua escrita, de lá para cá.

Dicionários e Mentecaptos

 
Esse negócio de palavra é apaixonante.
Eu tinha uns 12 anos e ganhei um dicionário Aurélio grandão. Ficava lendo, andando com o dicionário para tudo que é lugar, enquanto buscava conhecer palavras diferentes. Gostava de decorar termos impopulares e no meio

De quando plagiei Vinicius de Moraes

Cursava a oitava série. A escola realizava um concurso de poesia entre os alunos em homenagem ao aniversário da instituição. O tema era livre. O professor de português me motivou a fazer a inscrição, disse que eu tentasse produzir algo,

Para o 20º aniversário de Budapeste

A crônica discute o livro “Budapeste” de Chico Buarque, destacando sua qualidade literária e originalidade. O protagonista, José Costa, é um ghostwriter que se vê envolvido em uma trama irreal ao viajar para Budapeste e se apaixonar pelo idioma húngaro. O texto aborda os desafios da aprendizagem linguística, a peculiaridade da pronúncia e a perda da capacidade natural de adquirir idiomas na infância. Chico Buarque aborda esses temas de forma satírica, levando os leitores a refletir sobre a natureza intrigante da linguagem.

Carta ao meu amor

 
Ilustração: Gervasio Troche
 
Quando eu começar a contar as minhas histórias de como quase morri inúmeras vezes, talvez você imagine que, perto de mim, você vai sentir algo próximo ao “emocionante”.
Em um primeiro encantamento:
Talvez você me ache enigmática;
Talvez você

A TV de botas brancas

Diane era menina negra, cabelo duro e encaracolado, babava pelo canto da boca e não tinha televisão para assistir o Xou da Xuxa. Eu tinha TV em casa, o cabelo batia na bunda e uma prima rica que me dava

As Visionárias

Li, como a um romance, o belíssimo As Visionárias, do filósofo alemão Wolfram Eilenberger, lançado há pouco no Brasil pela Todavia. O livro vem com a mesma proposta do anterior, “Tempo de Mágicos”, em que o estudioso alemão adota uma

Distraída

Ainda que, distraída eu fosse,
ouvir(ia) o silêncio que tu amas, em ti.
Como se fosse ele: a guiar os teus dias,
os teus desejos arraigados e o cheiro forte das tuas lembranças mais tenras.

Ainda que, distraída eu fosse,
sentir(ia) a tua voz mansa