“Sejamos o pesadelo dos que querem
roubar nossos sonhos” – Che Guevara
O título em Inglês é o troféu de desapreço que confiro aos Estados Unidos por serem o foco maior dessa doença social perversa que sacrifica e mata muita gente, de várias formas.
A corrupção é um mal endêmico que só será erradicada com uma educação humanística de boa qualidade, que amplie a espiritualidade e a sabedoria do ser humano.
Isso será possível quando as vozes de Santo Agostinho, “Deus não é a origem do mal”; de Pitágoras “O homem é a medida de todas as coisas” e de Karl Marx “De cada um, de acordo com suas capacidades; para cada um de acordo com suas necessidades”, forem ouvidas e respeitadas.
Esse texto, simples e direto, é um abrir de olhos para os trabalhadores brasileiros. Recomendo que nossas armas fiquem apontadas, assertivamente, para o capitalismo e suas variantes.
Em CORRUPTION EVERYWHERY expresso, de forma breve, meus pensamentos, sentimentos e comportamentos sobre a dor e o gemido do povo. Procuro suscitar reflexão e indignação com ações concretas e transformadoras. A primeira revolução do Brasil tem que acontecer; a exploração é grande e o povo não aguenta mais.
Para tornar a leitura acessível a todas as camadas sociais, coloco um “set” de três perguntas e respostas simples que clarificam o tema:
Pergunta nº 1.
O que é corrupção?
Etimologicamente, o termo “corrupção” surgiu do latim corruptus, que significa o “ato de quebrar aos pedaços”, ou seja, decompor e deteriorar algo; putrefação.
Pergunta nº 2.
Quem pratica a corrupção?
Pessoas do mundo inteiro. Observo, porém, que, via de regra, o nível de corrupção é diretamente proporcional ao poder que o indivíduo detém na comunidade em que vive. Quando Maquiavel disse: “dê o poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é”, provavavelmente se referia a sua vulnerabilidade moral.
Pergunta nº 3
A corrupção é facilmente percebida?
Não. Os 5 sentidos que cada pessoa normal tem, segundo os neurocientistas, são poucos para detectar quem a pratica, onde e com que intensidade. A corrupção é comportamental, estrutural e institucionalizada. Nascemos imersos nela, faz parte dos nossos costumes, por isso temos dificuldade de percebê-la.
A Lava-Jato, inspirada na operação Mãos Limpas da Itália e comandada pelo pseudo juiz Sérgio Moro, é um exemplo eloquente de prática de corrupção.
A burguesia brasileira, conluiada com o grande capital estrangeiro, que atua, cruelmente, na América Latina e alhures, orientou e domesticou os vendilhões das riquezas brasileiras e tudo o que aconteceu, você já soube através da mídia independente. A grande imprensa comercial é o símbolo da corrupção. Manipula e aliena até onde pode. Sempre foi golpista.
Qualquer pessoa normal, mesmo aquela que só olha pela janela, já sacou que o lavajatismo foi devastador. Suprimiu direitos, fechou empresas, vendeu riquezas por preços aviltantes, mentiu, corrompeu. Anestesiada pela propaganda política, a grande massa humana acreditou e não reagiu. Só os ricos, menos de 1% da população, ganharam; o povo, mais de 99% da população, só perdeu.
A corrupção e a mentira são interdependentes. Como nenhum ente animado vive sem oxigênio, a corrupção também necessita de narrativas mentirosas para ganhar corpo. As UTIs precisam de tubos de oxigênio para salvar pacientes. O Estado burguês necessita de Instituições corruptas para salvar seus apoiadores. Estamos vendo isso hoje de forma estonteante.
A corrupção habita e trabalha sorrateiramente nos porões. Para ser vista tem que ser posta nas varandas. Walter Delgatti, estudante pobre de Araraquara-SP, em nome da verdade e com destemor, rasgou o “manto sagrado” da lava-jato e mudou a história do Brasil. “Autoridades” do STF à Câmara dos Deputados, hoje estão com sorrisos amarelos, procurando esconder a culpa. Que coisa feia!
Como cidadão-idoso, revolucionário e socialista, faço dois requerimentos:
1. STF, liberte o Delgatti;
2. Poder Legislativo, institua o título de Herói Nacional para Walter Delgatti Neto. Ele tem que ser condecorado, não punido. Delgatti fez o que todos devemos fazer para que tenhamos paz e um mundo melhor. Você pode, eu posso. Quando duas forças iguais se somam, 1 + 1 é bem mais do que 2. Pode ser 5, 11, 600, 1000. O todo é maior do que a soma das partes.
“Hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamás” – Che Guevara.
Com essa célebre frase, mando um recado pro meu partido, o PT. Nada de conciliação com golpistas. Ganhemos as ruas, ocupemos os microfones da imprensa independente. O Segunda Opinião também é livre, sem sensura, venha pra cá. Denuncie e anuncie.
Não podemos deixar de ver a complexidade do problema que, quase sempre, está na origem.
O homem nasce de um ato de amor – de um beijo; o Estado nasce de um conflito de interesses – de um tiro. E o processo continua com efeito dominó. E é aí onde a corrupção se aloja e cresce.
Existe vacina contra a corrupção?
Sim. Nossos oitenta e cinco bilhões de neurônios, desenvolvidos mediante uma educação humanística de boa qualidade, nos dão o desejo e a coragem de SER MAIS, que é a linha do bem e de abandonar o desejo e a coragem de TER MAIS, que é a linha do mal, que leva à corrupção.
Gilmar Oliveira é professor da UECE e militante de esquerda