Chama, chama, chama…
Chama chamas!
Quem clama a chama
Chama aquele a quem o país conclama em chama
Tu chamas?
Quem chama quem clama?
A fama, chama é…
Chama a grana, chama vaidosas chamas
A cidade em chama, clama
A justiça em chamas
O juiz quer fama… trama
E enquanto o tribunal trama
O subúrbio vive o drama
A grana chama a fama
A fama esquece o drama
O drama namora a chama
A chama devora a cidade
A cidade por justiça clama
A justiça trama com a grana
Enquanto o povo come a grama
A grama que nem a chama
Nem a lama…
Nem a fama…
Nem a trama…
Sabem onde é
A lama inflama a chama de quem à justiça clama
A chama do ódio invade o subúrbio
O subúrbio clama, por meio da chama
A chama cria fama
A chama chama mais chama
À chama que já no país se instala
A polícia trama e tem fama
Joga mais chama nas chamas e chama fama
Na bolsa dispara a fama da chama
O direito de cada um disparar sua própria privada chama
A elite reclama!
Quer ainda mais chama no subúrbio
Subúrbio que já em chama se derrama
A chama queima a lama e alimenta a grana
A grana de quem trama
De quem não ama
De quem morre pela fama
E no fundo de cada casa
De quem não está na lama
Reflete-se no olho a chama
Espelho da chama na lama
Da chama da fama da polícia que inflama
E entre a grana, a fama, a lama e a grama… há chama
A chama do drama da lama
Refletido nos fogos de artifício
Da cidade que clama e chama, no meio da chama,
O novo ano que vem