O Brasil de Paulo Guedes é um país com uma carga tributária de apenas 20% do Produto Interno Bruto (o PIB), uma revolução radical, pois a carga tributária hoje é 34 por cento do PIB.
O Brasil de Paulo Guedes é um país em que a aposentadoria é uma questão estritamente pessoal. Cada um cuida de si, nada de solidariedade. Cada trabalhador público ou privado, militar ou civil, do legislativo ou do judiciário, em última instância, ao fim das mudanças do PG, fará o seu pé-de-meia e terá o que acumular na sua capitalização pessoal. As empresas serão aliviadas da contribuição previdenciária e o poder público também. Quando alguém falar em aposentadoria, vai ouvir: VGBL ou PGBL? Bradesco, Itaú, Santander ou…
O Brasil de Paulo Guedes não terá sindicatos para cobrar um dia de salário de cada trabalhador por cada ano, um abuso sem proporções. Afinal, esses sindicatos não servem de nada e nem para nada. O trabalhador não precisa de babá, e esse custo é muito alto. Chega de sindicalismo e de sindicalistas caríssimos e ineficientes.
O Brasil de Paulo Guedes não terá um Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Quem disse que o Brasil precisa de financiamento especial? Que empresáro sério e honesto precisa pegar dinheiro em banco oficial se pode pegar o mesmo dinheiro nos bancos privados, talvez até em melhores condições de rapidez, custo, de prazo e de garantias? Os bancos privados brasileiros estão aí com liquidez e agilidade exemplares.
O Brasil de Paulo Guedes considera que trabalhadores e empresários são pessoas livres e inteligentes o suficiente para negociar salário e benefícios cara a cara, de igual para igual, sem limites, vale o negociado, mais do que o legislado.
O Brasil de Paulo Guedes também dispensa as associações e federações de empresários e as entidades do Sistema S, que também custam uma fortuna no bolso da população, um custo realmente intolerável, difícil de defender. Quem quiser que contrate seu próprio lobista com recursos de seu próprio bolso.
O Brasil de Paulo Guedes também não precisa de Banco do Brasil, nem de Caixa Econômica Federal, nem de Banco do Nordeste nem de Banco da Amazônia. Pra que se tem um banco privado em cada esquina e na internet?
O Brasil de Paulo Guedes vai ter muito menos funcionários públicos, pois segundo ele, a metade deles vai se aposentar nos próximos cinco anos e não vão ser substituídos, a farra de concursos e concurseiros com salários iniciais estratosféticos vai acabar imediatamente. E com máquinas mais enxutas, e portanto mais ágeis, o serviço tende a melhorar.
O Brasil de Paulo Guedes vai ser um sucesso. Na área econômica só fica, claro, o Banco Central, porque este, sim, é decisivo e se tornará mais eficiente quando for transformado numa instituição independente, o que o Congresso vai fazer em breve, em nome da governabilidade. Afinal, um país sem banco central independente é impossível, não existe.
O Brasil de Paulo Guedes com Petrobrás e Eletrobrás privatizadas, o cidadão pagará menos pelos combustíveis e energia, pois os preços serão livres e oscilarão com as bolsas de commodities internacionais.
O Brasil de Paulo Guedes vai ser um sucesso no mercado de dinheiro, câmbio e bolsa, se é que vocês me entendem.