Prezado Professor Osvaldo Euclides de Araújo
Editor e articulista do Jornal Digital Segunda Opinião.
Li, com singular curiosidade, seu artigo publicado em 04.05.2018, da série “Qualidade no Serviço Público”.
Venho acompanhando a evolução dessa temática da QSP, em especial no concerne à “Gestão de Pessoas”, que você elegeu como uma das causas-pilares, na sua atuação como jornalista e consultor-gestor.
Sinto-me distinguido ao ver meu livro “Banco de Potenciais Humanos – Gestão Estratégica de RH”, 1996, comparado ao best-seller ‘A Hora da Verdade’, de Jan Carlzon, 1980 – marco referencial da novíssima Administração de Organizações. Mais ainda em ver o enfoque borbulhando, mais de 20, 30 anos depois.
Quando fui Presidente do ÍMPARH – Instituto Municipal de Administração e RH, da Prefeitura de Fortaleza, inverti radicalmente o famigerado “organograma” da instituição: ao invés de piramidal (cúpula pesando sobre a base), passou a ser em forma de árvore (frutos, folhas e ramos sustentados pelo tronco e raízes). A liderança não decorria do mando, mas do diálogo real, da articulação e da partilha e da aplicação prática do conhecimento e da informação. Tirando dos livros e das conferências para o cotidiano dos birôs.
Como você fez, quando Presidente do IBEF – Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros, promovendo uma palestra-debate sobre o nosso livro no CDL – Centro dos Diretores Lojistas, com o Prefeito, Parlamentares Federais e Estaduais, Digirentes de Órgãos do Estado, CRA, CRE – evento amplamente exitoso.
Mais do que em qualquer outro setor, no Serviço Público a principal missão dos chefes é servir (orientar, agregar, apoiar, instrumentalizar) os demais dirigentes, técnicos e funcionários, para que estes possam servir melhor ainda os cidadãos-clientes, no momento do contacto pessoal direto e na efetiva prestação dos serviços ao público (seu grande financiador e maior destinatário).
Fiz civicamente o que eu pude – até à exaustão das minhas forças. Centenas de palestras e oficinas de aplicação Brasil afora, em todos os níveis e esferas, arrostando todo o desgaste que o assunto geralmente provoca.
Torço pelo sucesso do seu nobre e algo incompreendido ideal. Passa por uma “Metanóia do Poder” – uma mudança de mentalidade e de atitude da grande estrutura, de cima pra baixo e debaixo pra cima, tanto faz. E isto é difílcil, embora não seja impossível.
Fraterno abraço,
Pedro Gurjão.