Sobre Carolina Capasso

Carolina Capasso é graduada em Letras Português e pós-graduada em Arteterapia Escolar. É apaixonada por Literatura Brasileira, Gramática Normativa e Produção Textual. Integrante do Sarau Casa de Poesia. Publicou seus textos em três antologias poéticas. Recentemente escreveu o livro "Canção do Mar".

Púrpura

A cor era vermelha, recém pintada de sangue.
Apenas meu coração ficou púrpura.
Cajuína. Cúrcuma. Melanoma. Tudo dói.
Quando a despedida é violenta, o coração fica perdido no tempo. Quantas vezes você vai voltar só para me mostrar [que continuo sozinha?
Que não há

Fortaleza das Flores

Findou-se o nosso silêncio.
Nós desatamos os nós.
Cruzamos nossas fronteiras.
Contamos estrela por estrela.
Fizemos um pacto.
Findou-se o nosso silêncio.
Nós desatamos os nós.
Cruzamos nossas fronteiras.
Contamos estrela por estrela.
Fizemos um pacto.
Rompemos um hímen.
O mundo continuou misterioso.
E pecaminoso.
E contestador.
Eu virei vermelho com amarelo.
Você virou meu

Quando te guardei dentro do meu peito

Quando te guardei dentro do meu peito,
não contabilizei o tempo que vivemos,
pois não meço meus afetos
pela quantidade de horas convividas.
Eu meço pelos olhares, pelos desejos, pelas saudades.
Percebo o frio na barriga,
o pensamento furtivo,
a relação do eu com o mundo
e no

“Poesia Provisória” – Nirton Venancio

Semana passada tive a felicidade de ganhar um presente muito especial, chamado “Poesia Provisória”, do escritor de múltiplos talentos – Nirton Venancio. Que apropria-se da arte de escrever, como uma lavrador que semeia sua terra. Respeitando a pausa do poema,

PEDRO TEMPESTADE

Porque eu decidi que sim, agora mesmo.
Compreendi que chove, de dentro pra fora de mim.
Porque meu nome é Pedra, é Lua, é Tempestade.
Porque meu nome é Pedro. É Céu. É Saudade.
Beijo-te com os olhos, que demasiado graúdos,
estão cansados do peso

Anacoluto

Gosto do incompleto,
inacabado,
corroído.
Gosto do que corta,
do que fere,
do que sangra.
Gosto do que pulsa
do que pesa,
do que peca.
Gosto de pupílas
dilatadas.
De olhos negros e graúdos
se embriagando de maresia
e marulho.
Gosto de beber
enquanto neva.
Pois,
não existe inverno em mim,
por mais que chova.
Gosto de escrever
como quem