Estou com Henrique Meirelles, ministro da Fazenda do governo Temer, que faz dupla com Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central do Brasil, compondo a melhor equipe econômica do país desde muitos e muitos anos, para não dizer “nunca antes na história”. Meirelles disse no começo deste mês de março que a recessão ficou no espelho retrovisor do automóvel. Ontem, ele reafirmou e consolidou o que os brasileiros já sentem e percebem estar acontecendo: “o Brasil cresce de forma robusta”.
Os mercados financeiros logo passarão a refletir essa nova percepção, e, como se sabe, em economia e negócios, mais vale a percepção do que a realidade. A bolsa deve subir e a taxa de câmbio deve cair. Alguns fatos já corroboram a palavra do ministro: pela primeira vez em quase dois anos foram criados empregos em proporção maior do que foram destruídos. Já está em prática a lei que congela os gastos públicos e, assim, espera-se que não seja necessária a criação de novos impostos e aumento dos atuais. Crê-se que a anistia para a repatriação de dinheiro brasileiro irregularmente guardado no exterior gere uma arrecadação de tributos suficiente.
No mais, é uma corrida contra o relógio e uma guerra de comunicação: é preciso convencer a população de um modo bem geral que a reforma da Previdência é para o seu bem. A Previdência pública deve ser mínima em tamanho e quem quiser melhor qualidade de vida e conforto que o busque nos mercados alternativos privados, nada mais justo. Hoje, já quase três quartos das aposentadorias só paga um salário mínimo. Por que não caminharmos para cem por cento? E, claro, sem inflar o valor do salário mínimo, que só deve crescer com a produtividade da empresa brasileira.
Que venha logo em seguida a aprovação da reforma trabalhista, flexibilizando as regras da relação trabalhador x empresário. Sem perda de tempo, que é preciso aproveitar o momento propício.