Eu odeio normalizar e validar coisas que não sejam tão legais, mas existe um lado bonito em estar sozinha, e isso se chama solitude, que nada mais é que estar em paz consigo. Aprender a desfrutar de um tempo sozinha, e estar disposto a fazer atividades sem companhia de alguém, nos leva a um mergulho incrível por nós mesmos. Sempre digo que ao perder esse medinho de ficarmos sozinhos, conseguimos ser mais emocionais, sentir mais, e ter relações melhores e mais saudáveis.
Como ressignificar situações péssimas, e coisas certas em ensinamentos reais que me ajudam a chegar em outro nível? Tudo começa com solitude. No final de 2019 senti uma vontade inexplicável de estar sozinha, e decidi ir para uma praia próximo a Fortaleza para refletir sobre tudo que estava acontecendo na minha vida. Eram muitos problemas, e no meio do caos eu tinha uma certeza avassaladora de que aquele tempo seria necessário.
Passei três lindos e incríveis dias na minha companhia. Pude organizar minhas ideias e pensamentos, fazer planos. Quanto tempo eu não planejava minha vida? Projetos? Sonhos? Um tempo sozinha foi importante para ouvir somente quem interessava, o meu eu. Ele gritava, mas com tantos ruídos e vozes externas, como ouvir?
Muito se fala em ensinamentos em situações péssimas, onde erramos feio, e eu acredito que tudo é aprendizado. Sem avaliações internas, nosso ensinamento seja boas ou ruins, fica comprometido. Se nós não tiramos um tempo nosso, sozinhos, para refletir sobre essas situações, nada acontece. Você não cria nenhuma condição para evitar que situações péssimas surjam, e óbvio, que as boas se repitam, deixa tudo na sorte ou azar, né?
Existe sim a parte bonita de estar sozinha, e é a parte onde os ensinamentos são claramente digeridos pelo nosso eu. Pratique solitude. Um momento só seu, para por as ideias no lugar, ressignificar situações, vai te fazer uma pessoa muito melhor.