A LÓGICA E A RAZÃO NÃO HÃO DE SER ASSIM TÃO MALTRATADAS

O reitor Custódio Almeida, da UFC, tem formação filosófica formal e reconhecida em seu currículo.

Não lhe caem bem, por essa razão, os argumentos de última hora, agora revelados, e trazidos à discussão, que pretendem convencer aos que assistem, incrédulos, esse perrengue que retoma, agora, o fôlego.

Tomar o auditório como espaço autônomo, em relação à Concha Acústica, para conferir-lhe identidades diversas, cada um deles com o seu titular-homenageado, é impróprio e inadequado.

É ridículo, senhor reitor. Não caia nesse engodo, nem nesse sofisma mal composto que terá certamente escapado a sua perspicácia.

Esse é um arranjo de mal jeito para negar as evidências e os entendimentos que conduziram ao reparo de uma decisão precipitada.

Cheguei, na minha boa fé, a imaginar que estávamos usando uma linguagem comum de razoável convergência para a correção de uma falha que poderia ser corrigida. O fundamento do argumento interposto pela reitoria era, de início, especioso, de valor “legal”. Sanada a dúvida com os registros comprovados em documentos e atas, vale-se agora a reitoria de argumentos que não recomendam os critérios lógicos de qum os desenvolveu. Devo ter-me equivocado, dominado pela expectativa de que usávamos presumidamente a mesma linguagem.

As cadeiras para a audiência sentada perdem a sua função sem o proscênio da Concha Acústica, equipamento a ela fisicamente associado.

Tudo se passaria, senhor reitor, como se a sala de um cinema ou de um teatro fossem constituídas isoladamente pelas cadeiras e de uma tela, auto-independentes, ou das cadeiras como parte isolada do palco, em um teatro. A assistência estaria sentada sem qualquer propósito para ver o filme ou acompanhar o jogo de cena dos atores.

Como se fosse possível dividir uma sala de jantar em duas partes independentes: as cadeiras e a mesa. E os comensais, por sua vez, não devam sentar-se…

Á lógica e a razão não hão de ser tão maltratadas assim. Justamente em uma Universidade.

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