A EMANCIPAÇÃO HUMANA

 

Meu nome é Marcos Abreu,
Permitam me apresentar,
Sou Poeta Radical,
Quero apenas lhes narrar,
Através do cordelismo,
Que o mundo jaz no abismo,
Podem ver,
Podem ver e constatar.

Falo pra todos vocês,
Que estimam a poesia,
Em versos metrificadas,
Com destreza e simpatia,
Que somente um mundo novo,
Pode libertar o povo,
Das garras da burguesia.

Quero narrar para todos a Emancipação Humana,
Que em breve acontecerá,
Pois o povo não se engana,
Matando o capitalismo,
O mundo sai do abismo,
E a vida fica bacana.

Narro com toda grandeza,
O declínio desse império,
Já teve dias de Glória,
Hoje jaz no cemitério,
Ninguém no mundo o suporta,
A Besta hoje está morta,
Existe um grande mistério.

A Emancipação Humana,
Só pode ter resultado,
Quando o fim desse sistema,
Por todos for decretado,
Quero ver a ruptura,
Dessa podre conjuntura,
Nesse sistema malvado.

Que possamos construir,
Um novo estilo de vida,
Onde os pobres tenham vez,
Amor, conforto e guarida,
E todos possam viver,
Emancipado seu ser,
Numa infinita partida.

Começando logo-logo,
Por não votar em ninguém,
Nessa corja de bandidos,
Que no poder se mantêm,
Numa tremenda trapaça,
Das eleições que é uma farsa,
Prometendo o que não têm.

Depois vendo que o trabalho,
Foi criado por tiranos,
Quem trabalha é sujeito,
Da força desses insanos,
Que criaram o trabalho,
E encantados no chocalho,
Vivem inventando planos.

Trabalhar não faz sentido,
Sendo só mercadoria,
No capital desigual,
Sem acesso a mais-valia,
Não se tem dignidade,
Na podre sociedade,
Morre-se no dia a dia.

Não sei meu Deus até quando,
Isso vai continuar?
Todos se escravizando,
E o Deus trabalho a matar,
Sem ter como se erguer,
Mesmo escravizando o ser,
Será difícil ganhar.

Poremos também um fim,
Na política impoluta,
Que já vive caducando,
Nessa peleja de luta,
Que só vence o ” verdadeiro”,
Astuto e falso dinheiro,
Na paranóica labuta.

É um mundo tão estranho,
Esse do capitalismo,
Quem trabalha não tem jeito,
Vive sempre no abismo,
Procurando uma saída,
Para a droga dessa vida,
Entra-se no banditismo.

Veja só que grande farsa,
A jogada do sistema,
O dinheiro é virtual,
Todos sabem o dilema,
Pois seus próprios defensores,
Vivem passando horrores,
Na peleja disse esquema.

Diante dessa tirania,
Que o mundo inteiro oferece,
Drogas pesadas se vendem,
Quase tudo se enlouquece,
Na farsa desse sistema,
Todos dentro do esquema,
O planeta só padece.

Está tudo camuflado,
No Sistema Financeiro,
Num traumatizado engodo,
Os bancos não têm dinheiro,
Se o povo for procurar,
Todo império vai quebrar,
É um inferno verdadeiro.

Até mesmo os que defendem,
Que o sistema já faliu,
Vendem-se pelo dinheiro,
No mercado que sumiu,
Tentando iludir o povo,
Prometendo um mundo novo,
No velho que se explodiu.

Saibam que o capitalismo,
Já chegou ao seu final,
Não existe produção,
Quase tudo é virtual,
A qualquer momento explode,
O sangue do velho bode,
Esse Sistema Infernal.

Sei que só será possível,
Começar um mundo em Glória,
Quando cada ser humano,
Transformar sua própria estória,
Criando a Emancipação,
Fazendo a Revolução,
Obteremos vitória.

Todas as grandes nações,
Sabem o que aconteceu,
O Sistema já faliu,
O Deus trabalho morreu,
Só existe uma saída,
Repensar de novo a vida,
No “Matrix”, que aconteceu.

Saibam que o trabalho vivo,
Hoje já foi superado,
Pelo trabalho das máquinas,
Chamado objetivado,
Não havendo produção,
Quase tudo é ilusão,
Inclusive o tal mercado.

Vamos logo analisar,
Como tudo é combinado,
Sindicatos e patrões,
Trazem tudo articulado,
Pra romper com o direito,
Do trabalhador no peito,
No mundo automatizado.

Saibam que os sindicalistas,
São gangsteristas puros,
Não querem ser sujeitos,
Ficam em cima do muro,
Montados num grande esquema,
Alimentando o sistema,
Num Pensamento obscuro.

Até mesmo a Ditadura,
Desse proletariado,
É jogo da burguesia,
Quer ver seu sonho acabado,
Nesse jogo de consumo,
O povo criará seu rumo,
No mundo automatizado.

O terrorismo também,
Hoje está globalizado,
O podre estado é falido,
Harris é uma comprada,
A ” Justiça ” corrompida,
Já vê que não tem saída,
Bandido vai pro Senado.

A desgraça coletiva,
Cresce assustadoramente,
Psiquiatra enlouquece,
Ninguém mais vive contente,
No econômico terror,
O mundo sente o furor,
Gente sã fica demente.

Nova Civilização,
Precisa ser repensada,
Com o povo controlando,
Energia armazenada,
Desse sol tão poderoso,
Que brilha lindo e jocoso,
Na natureza criada.

As religiões também,
Não conseguem explicar,
Padres, Bispos e Pastores,
Todos querem barganhar,
Não sabem mesmo de nada,
Tudo isso é só jogada,
Pra grana suja lavar.

Esse deus Antropomórfico,
Criado pra nos calar,
Apodrece nas Igrejas,
Vive num simples penar,
Já o Deus Desconhecido,
Precisa ser revivido,
Pra gente poder brilhar.

É preciso explicar,
Que tudo enfim, já passou,
Céus e terra passarão,
Jesus já profetizou,
Então pra que tanta guerra,
O paraíso é na terra,
O absoluto o criou.

Criou para cada um,
Viver de forma específica,
Contemplando a natureza,
Que reina bela e pacífica,
Criança, homem, índio, mulher,
Vivendo como bem quer,
Nessas estruturas míticas.

Agora que conclui,
O que queria dizer,
Deixo pra cada um de vós,
De tentar “Ser ou não ser”,
Um sujeito na história,
Eis a questão da vitória ,
No novo mundo a crescer.

Agradeço ao Criador,
Cheio de amor e ternura,
A conclusão do poema,
Que a muitos será loucura,
Por narrar com eloquência,
Sem doutorado ou ciência,
Profundidade e ternura.

Marcos Abreu, é poeta e escritor brasileiro.

Marcos Abreu

Poeta, Escritor, Declamador de Poesias, interprete do cancioneiro em MPB e outros gêneros; cronista, contista, romancista. Nascido em Fortaleza-Ceará é autor das seguintes obras: "Poesias de um Poeta Louco"(1995), " Nas Teias da Poesia" (1997)-Editora Passárgada- Pernambuco-Recife "Retalhos Poéticos" Poesia Livro-2000 Cordéis Publicados: " A Revolução Humana" publicado pela Fraternidade Arte e Cultura-2011 " O Rouxinol e a Rosa" Literatura Infantil- Editora Flor da Serra-2016 " A Coisificação da Sociedade na pós-modernidade" " Versos de Ouro" Fecomércio-Senac-Sesc-IPDC Antologias: Poetas da Praça do Ferreira-Editado Pela BSG-Bureau de Serviços Gráficos-Editor- Márcio Catunda-2018 "Amor Música e Poesia" Editor: Antonio Pompeu. Romances: " O Louco e o Estado-Expressão Gráfica-Fortaleza-2019-Edição e Prefácio-Dimas Macedo