- A Bolsa de Valores está indo bem. A volatilidade das cotações tem permitido boa rentabilidade entre os operadores de curto prazo;
- A taxa de câmbio está como o diabo gosta, oscila para cima e depois oscila para baixo, com os mercados futuros tendo plenas condições de atuar com tranquilidade;
- Os bancos não estão sendo especialmente perturbados pelas autoridades monetárias para emprestar, nem para cobrar juros e tarifas mais módicas;
- Ninguém precisa ficar muito preocupado com o que Paulo Guedes está pensando em fazer – o mais provável é que ele continue sem fazer nada;
- O Ministério da Economia já deixou de ser o superministério que se anunciava e a “debandada” deixa o mercado ainda mais tranquilo – o ministro vai colocar outros amigos com quem tenha afinidade e tudo se acalmará;
- Paulo Guedes conseguiu a proeza de manter um diálogo com o presidente da República;
- Ninguém notou que ele colocou uma granada no bolso dos servidores públicos;
- Ninguém notou que as jóias da coroa estão sendo privatizadas fatia por fatia;
- Empresários da produção nem sentiram falta do crédito que ofereciam Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES – eles bem que sentiram, mas não têm mais voz, nem vez;
- Nos próximos sessenta dias a agenda dele está cheia de negócios – privatizações dos Correios, da Eletrobrás, da gestora do petróleo do pré-sal e outras que ele não conta para ninguém;
- As palestras dele são ótimas, animadíssimas, enchem a plateia de ânimo e esperança;
- Ele tem ótimas relações com a imprensa;
- Ele é liberal, seja lá o que isso de fato significa neste governo que é tudo menos liberal;
- Ele até desenvolveu a habilidade de se relacionar com senadores e deputados, até já os chama pelo nome;
- Ele já se acostumou com Brasília, se tiverem de trocar, imaginem o trabalho de adaptação do novo ministro com Brasília e com o Planalto;
- A população deve estar aliviada por não ter de acompanhar debates sérios e chatos sobre economia;
- De que adianta mudar?