De acordo com o vereador, o projeto de lei que institui a Bahiainveste é uma tentativa de privatização da Embasa.
A crítica ao governador Rui Costa teve como base o envio à Assembleia Legislativa do Projeto de Lei nº 22.011/2016, que visa instituir a Empresa Baiana de Ativos S/A (Bahiainveste). O capital da empresa será integralizado com até 25% das ações ordinárias e até 25% das ações preferenciais que o governo possui na Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa).
“Descumprindo a palavra empenhada e de forma sorrateira, dissimulada, enviou o Projeto de Lei nº 22.011/2016 na última quarta-feira (23) para a Assembleia Legislativa, através do qual abre a possibilidade de privatização da Embasa. Não há outra palavra para classificar esse absurdo a não ser a entrega de um patrimônio público, a privatização. Uma vergonha que merece o repúdio da sociedade”, assegura o parlamentar.
Hilton Coelho adverte que nem mesmo a direção da Embasa e integrantes do Conselho de Administração sabiam do teor da proposta. Segundo ele, a votação só não ocorreu porque a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae) descobriu a trama, e um deputado pediu vistas ao projeto, que acabou tendo sua votação adiada.
“A quem interessa tanta pressa em privatizar a Embasa? A sociedade deve ficar atenta, pois o futuro da Embasa e do saneamento público estão em jogo. Em cerca de 20 cidades baianas a Embasa tem lucro e isso assegura que ela possa universalizar o atendimento para 380 municípios. O PSOL realiza estudos a respeito, e faremos em breve a distribuição de um manifesto contra a privatização da Embasa”, concluiu Hilton Coelho.