Um país não pode sucumbir à falta de bom senso, por Haroldo Araújo

Algumas das afirmações com uma dose de lucidez foi considerada como da lavra de Lula ao assegurar que fora da política proliferaram o nazismo e o fascismo. Nosso povo sabe da real necessidade de arrumar as finanças brasileiras e nos estados também. O Presidente da Câmara Dr. Rodrigo Maia encerou uma sessão que comandava para tratar da questão da dívida dos estados. A sessão foi encerrada por conta do clima reinante na câmara: Tensão política!

Lula não se sai muito bem no varejo ao não se desvencilhar de novelo ao ver seu nome citado neste último escândalo em governo de sua sucessora. Imagine que ainda sonha disputar o governo central, a Presidência da República. Não esqueço que Lula sempre afirmou que era um mascate atrás de negócios para o Brasil e talvez tenha sido esse seu maior erro: Confundir as funções que deveria saber diferenciar, como? Não compete à um Presidente ser mascate e muito menos ainda a um Ex-presidente.

Acerca de sua lúcida declaração de que não há saída fora da política é que alimentamos uma esperança de se buscar consenso em pontos da Reforma Previdenciária e ainda assim obteríamos uma economia de somente R$ 630 Bilhões, em 10 anos, com os gastos governamentais. Somos um país em que muitos políticos trabalharam só para se eleger e ainda colocaram os objetivos pessoais acima dos reais interesses nacionais. Uma inversão de valores!

É nosso interesse sim (do Brasil) salvar a Previdência Pública. É nosso interesse salvar os grandes geradores de empregos : Empresas sem sustentabilidade em face da ânsia arrecadatória governamental e de pesados encargos sociais e trabalhistas. Isso por si só já é um motivo para que os políticos atentem para as prioridades: Retomada do crescimento; recuperação dos empregos perdidos; arrumar as finanças públicas do governo central e dos estados federados e recuperar a credibilidade com a aprovação das reformas no Congresso.

Confio no bom senso das autoridades e nos nossos representantes. Não defendemos os governos que passam, mas o estado que vai continuar junto com suas instituições que, se bem compreendidas em suas mais legítimas missões públicas, poderão continuar a nos oferecer a esperança de um futuro melhor e mais digno! Governos em gestões comprometidas pela incompetência, pela falta de visão estratégica, pelo populismo e pela corrupção sistêmica nos deixaram uma herança de infindáveis problemas.

O que se pede aos políticos é tão somente o “Bom Senso” e a mais modesta compreensão da situação fiscal brasileira e que está a exigir uma atitude. A melhor atitude seria garantir aos idosos uma aposentadoria digna. Se os negócios diminuem, os impostos vão junto! criando um círculo vicioso de mais déficits. Evitaríamos riscos que podem sim trazer desdobramentos idênticos ao do país vizinho: A Venezuela! Que já sofre abandono de seu povo, não haverá nação sem povo.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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Funcionário público aposentado.