Fortaleza, eleição, calçada, bicho e gente
A calçada é a fronteira entre o público e o privado. Entre a casa e a rua. É onde começa o encontro entre o indivíduo e a comunidade, é onde começa a vida em sociedade. A casa é privada, a
A calçada é a fronteira entre o público e o privado. Entre a casa e a rua. É onde começa o encontro entre o indivíduo e a comunidade, é onde começa a vida em sociedade. A casa é privada, a
Acreditar que na apuração de votos — pela urna eletrônica, com comprovação impressa ou não — reside o mecanismo central da democracia, explica a distância que nos separa do que seja de fato o “estado democrático e republicano de
Antônia (a Toinha de Margô; a minha porção mais senciente, mais perceptível, mais sensível)
Sinto que a imaginária linha do horizonte da minha humana existência avança contra mim célere, em velocidade constante, e, assim, aproxima-se tanto de mim (já a percebo
Às vésperas das eleições de 2018, escrevi aqui que o voto era como o vinho: revelava o homem. A afirmação, claro, tinha como referência a máxima atribuída a Caio Plínio, mais conhecido como Plínio, o Velho, “in vino veritas”, no
APÓS DESOBRIGAR-ME DO QUE CRITICAMENTE considero um dever cívico, uma obrigação cidadã, [assim é que, tão logo isto se torne possível e eu alcance a plena liberdade em tal mister, pretendo abdicar definitiva e irrevogavelmente desta tão inglória prerrogativa], embora
O eleitorado é heterogêneo. Há eleitores fiéis a correntes políticas, líderes, agenda de interesses, valores e paixões. Uma parcela do eleitorado a cada eleição reavalia tendências e formas de defesa das pautas da sua agenda política. Contemplar o panorama político é como
Voto, um instrumento. Uma forma de falar a si e pr’alguém que se importa. Sim. O voto é um discurso. Não daqueles que se demora e chega a fechar os olhos de quem está a ouvir. Mas daqueles que ficam
O VOTO – esta entidade milenar, bíblica
(Quando Pilatos covardemente delegou a decisão de conceder liberdade a Jesus ou a Barrabás, já ali o povo ignaro e rude dava demonstração de ser capaz de fazer a pior das escolhas: votou em
Antes de escrever este texto pensei em fazer algo mais concreto, mais concreto que a realidade esmagadora tem conseguido ser, para poder expressar que preferiria não votar. Na situação em que nos encontramos declarar voto parece só mais um gesto
Horas antes de entregar-se à Polícia Federal para cumprir pena em Curitiba, o ex-presidente Lula (PT), discursando para militantes petistas (e, obviamente, para o mundo inteiro que acompanhava o dramático momento brasileiro), no último dia 07 de abril proferiu, dentre
Os brasileiros tomaram-se de indignação com a política tradicional. Explodiram nas jornadas de junho de 2013. Destituíram a Presidente Dilma. Encheram-se de entusiasmo e de esperança com as condenações da Lava Java, que também recuperou somas expressivas do dinheiro desviado