Senador do PT pergunta sobre o ajuste fiscal: cadê a contribuição dos mais ricos?

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da minoria no Senado, criticou duramente o governo do presidente interino Michel Temer nesta quarta-feira (12). Ele acusou o presidente de realizar um ajuste fiscal que sacrifica direitos sociais e trabalhistas e de “desmontar” a rede de bem-estar social do Estado brasileiro.

– Quem está pagando a conta do ajuste? São só os pobres. Cadê a contribuição dos mais ricos? Eles fizeram um pacto das elites. Esse governo tem dificuldade no meio do povo, mas faz tempo que a gente não vê uma unidade tão grande das elites em torno de um projeto – afirmou o senador.

Na opinião de Lindbergh, a ordem no governo é “rasgar a CLT, privatizar geral e entregar tudo”. Entre iniciativas consideradas nocivas para a população, o senador citou o projeto de lei que desobriga a Petrobras de participar da exploração do pré-sal (PLS 131/2015), o projeto que expande as possibilidades de terceirização (PLC 30/2015) e a PEC que limita os gastos públicos pelo crescimento da inflação (PEC 241/2016).

Para Lindbergh, a pauta do governo Temer representa a “restauração do neoliberalismo” e jamais seria aprovada pelas urnas. O senador disse entender que o processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff, que ele descreve como um “golpe”, teve a intenção de contornar a “via democrática” para implementar essas iniciativas.

O senador também criticou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, pela participação nas articulações pelo impeachment. Segundo o líder da oposição, Cunha “manda em Temer” e somente renunciou ao cargo porque garantiu com o governo interino um “acórdão” para manter o mandato.

Agência Senado

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SEGUNDA OPINIÃO é um espaço aberto à análise política criado em 2012. Nossa matéria prima é a opinião política. Nosso objetivo é contribuir para uma sociedade mais livre e mais mais justa. Nosso público alvo é o cidadão que busca manter uma consciência crítica. Nossos colaboradores são intelectuais, executivos e profissionais liberais formadores de opinião.

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