“…e que a história da democracia não seja contada por discursos inflamados de uma política paralisante, que ilude com idéias que não são ideais para depois aludir justificativas mambembes do não-fazer pelo fazer. Democracia implica, também e essencialmente, em criar condições para que pessoas marginalizadas, esquecidas e pisadas pela ação de outras pessoas e de estruturas sócio-econômico-políticas possam crescer, atuar e agir, competente, ética e construtivamente, no palco da vida e da história.
Afinal, democracia não se compra, se cria; não se adquire, se produz; não se impõe, se compõe; não se dá de presente, se faz presente; não se encontra feita, se constrói. É luta social, na esteira da história das civilizações.
Sartre tem razão: o mistério da exclusão é “mistério à plena luz do dia”.
(Trecho final de artigo de Pedro Bezerra de Araújo, cujo título é “Equidade humana da inclusão social”, publicado no livro CADERNOS INTERNACIONAIS 1 Brasil Portugal, da Academia de Ciências Sociais do Ceará e da Sociedade Portuguesa de Estudos do Século XVIII. Pedro Bezerra de Araújo é professor da Uece e da UFC, graduado em Filosofia,Medicina, Teologia e Matemática, pós-graduado em Medicina comunitária, Psicologia, Saúde em Educação e Gerontologia.
