Reforma trabalhista de Temer poderá ter oposição de todas as centrais sindicais

No campo trabalhista, é previsto um avanço da proposta que pretende fazer o negociado entre patrões e empregados prevalecer sobre o legislado. Também pode prosperar a PEC que libera as terceirizações para todas as atividades de uma empresa. As três maiores centrais de trabalhadores, CUT, Força Sindical e UGT, estão unidas contra ambas as propostas. Até mesmo do deputado Paulinho da Força, um dos entusiastas da deposição de Dilma, manifesta contrariedade às propostas do governo que ajudou a colocar de pé.

Sobre a possibilidade de acordos entre sindicatos e patrões prevalecerem ao disposto na CLT, as centrais avaliam o momento de crise não é propício para a adoção desse modelo, comum em países desenvolvidos. Segundo as entidades, a valorização da negociação requer um fortalecimento dos sindicatos nos locais de trabalho, algo pouco comum no País.

Um dossiê da Central Única dos Trabalhadores (CUT), elaborado em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revela o tormentoso cenário das terceirizações no Brasil. Com dados de 2013, o estudo mostra que os terceirizados recebem salários 24,7% menores que os dos efetivos, permanecem no emprego pela metade do tempo, além de ter jornadas maiores.

(Trecho de artigo do jornalista Rodrigo Martins, em www.cartacapital.com.br)

Osvaldo Euclides de Araújo

Osvaldo Euclides de Araújo tem graduação em Economia e mestrado em Administração, foi gestor de empresas e professor universitário. É escritor e coordenador geral do Segunda Opinião.

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Osvaldo Euclides de Araújo

Osvaldo Euclides de Araújo tem graduação em Economia e mestrado em Administração, foi gestor de empresas e professor universitário. É escritor e coordenador geral do Segunda Opinião.