A quem serve o tumulto na tramitação das reformas, por Haroldo Araújo

A CAE – Comissão de Assuntos Econômicos do senado reuniu-se nesta Terça-feira para discutir a chamada “Reforma Trabalhista”. Os senadores situacionistas foram desafiados por oposicionistas à uma disputa verbal que não tinha nenhum relacionamento com o tema, fato que só deslustra o nosso parlamento. O Presidente da CAE senador Tasso Jereissati colocou em votação um requerimento de opositores para impedir a leitura do relatório. O Requerimento foi derrotado e Tasso deu o relatório como lido em face do tumulto gerado.

Evidente que havia por parte da oposição o evidente desinteresse em discutir o tema em questão! Será que a justificativa para tal conflito era falta de argumentos? Talvez sim, porque as palavras trocadas tinham o cunho de ofensas e críticas pessoais e sem nenhum relacionamento com o contido no relatório do Senador Ricardo Ferraço. Perde o Brasil, perde o povo brasileiro. Será que não se tocam? Já não basta a qualidade de tratativas que vêm sendo mostradas diariamente nas TVs, com palavras de baixo calão e com censura.

As atitudes agora são emocionais e o bom senso abandonou suas excelências…Tomara que não sejam banalizadas essas atitudes como já vêm sendo banalizadas as reuniões mostradas em horário nobre, em que as gravações comprovam que eram realizadas com vistas aos interesses maiores dos respectivos interlocutores gravados em flagrante atitude delituosa. Ninguém merece! Tenho a ligeira impressão de que alguns contendores não perceberam que ali nas dependências da CAE suas atitudes também estavam sendo gravadas.

O atraso nas votações como é caso da Reforma Trabalhista (hoje 23.05.17) vem gerando apreensão, porque o governo, seja ele qual for (Temer ou quem o substituir) estará diante da falta de opções para trabalhar sem o necessário saneamento das Finanças Públicas! Evidente que as reformas trarão alento para a busca da retomada do crescimento com a possibilidade de aumentar as contratações, atualmente inviabilizadas pela elevada carga tributária, elevados encargos sociais e trabalhistas em que os negócios se inviabilizam pelo custo.

Todos sabem disso e ficam fazendo divagações. Será que pensam que somos alienados, será que esses políticos estão em que mundo e falando para marcianos. Pode-se acompanhar os pronunciamentos e verificar que os argumentos fora de contexto e absolutamente sem qualquer embasamento técnico bem demonstram a falta de compromisso com o Brasil e com os brasileiros. Fica evidente que têm sim um objetivo que não é discutir com base técnica, mas tão somente tumultuar a tramitação das reformas.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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