A História é rica em exemplos de governantes que se amparavam na popularidade como forma de manutenção do poder e até de sua continuidade. Imagine o governo de Juan Peron na Argentina com preços baixos e altos salários. Chávez na Venezuela que fixou a participação estatal no setor petrolífero em 51% com sua Lei de Hidrocarbonetos. Lula queria toda a exploração da camada do PRESAL sob novo regime de partilha e não de concessões.
Sonhar faz bem e o que não faz bem são devaneios de governantes populistas. Getúlio Vargas nos deu a Petrobrás. Getúlio foi chamado de pai dos pobres com a CLT ! Até hoje a CLT é exibida para fins politiqueiros e é a forma com que muitos parlamentares se apresentam. Tudo tem seu tempo de maturação e o chamado “Trabalhismo” de Getúlio, infelizmente ou não vem sendo explorado politicamente. Estranho é que ninguém tem a coragem de dizer ao povo que o mundo mudou e essas chamadas “conquistas” chegaram à um limite.
As empresas demitem os seus colaboradores porque não conseguem agregar os custos totais ao produto que vendem. Sobre esses produtos incidem não só impostos, mas incidem elevados encargos sociais e trabalhistas que tiram a competividade dos preços obtidos. Os demitidos por várias razões correm atrás de indenizações na justiça e esse é outro componente da atual realidade brasileira. Gerar emprego vem-se tornando um desafio na produção e na produtividade.
Gerar emprego é mais do que um problema porque é também um desafio para quantos têm a coragem de enfrentar a mão pesada do Estado sempre em defesa de direitos que ninguém consegue repassar na produção, principalmente quando o empresário encontra o estado que ele fortalece pagando impostos e em favor dos “Recursos Trabalhistas” e sempre contra o empreendimento, que já não apresenta produtos competitivos, nem com sacrifício da empresa. O sumiço dos empregos é conquista do que? Certamente da falta de bom senso! e para entender a problemática é só uma questão de aritmética.
As empresas estão vergando ante à impossibilidade de satisfazer à essa ânsia e sede insaciável de triste combinação: Encargos sociais e trabalhistas com tributos elevados que são direcionados contra a produção. Razão pela qual deixam sem qualquer possibilidade de venda os nossos produtos por falta de condições que nos permitam obter preços competitivos. A pergunta conclusiva: A quem devemos essa armadilha da produção e do emprego senão á política. Lembro de Justo Veríssimo de Chico Anysio: Eu quero é me eleger!
Para onde vão os esforços e recursos? Para onde vão os impostos? Respondo: Inadmissível que uma BR esteja nas condições da 163, absolutamente intransitável em que os caminhoneiros levam dias para concluir um treco da rodovia e que deveria levar horas. Esse custo é acrescido ao produto a ser entregue. Perdemos parte da maior safra agrícola! O preço sobe! Blairo Maggi já disse que vai asfaltar o trecho. Temer já disse que vai desonerar a produção com as Reformas.
Enquanto os empregos somem e a produção vai junto ou nem se discute quem vai embora primeiro! Discutimos se os 65 anos da Reforma da Previdência é só para homens ou para mulheres também. O que falta ao Brasil é coragem dos políticos que se escondem em discursos que não acodem os verdadeiros problemas nacionais. Todos querem popularidade e a produção e o emprego que se explodam. Enquanto isso os políticos vão falar abobrinhas na TV.